Na casa do militar, foram apreendidas mais de 20 armas, dezenas de carregadores e centenas de munições.
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(Foto : Montagem - Portal Tucumã) |
Manaus (AM) – Nesta quarta-feira (1º), O sargento Saimon Macambira Jezini, foi preso na sua residência suspeito de ser o mandante da tentativa de homicídio contra o cantor Eduardo Oliveira, conhecido como “Du Barranco”.
O caso aconteceu no dia 9 de agosto, no bairro Parque 10, zona centro-sul de Manaus.
As diligências foram realizadas pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), durante a denominada Operação Desbarranco.
Os detalhes da operação foram apresentados em coletiva de imprensa pelos promotores de Justiça Armando Gugel, da 60ª Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial (Proceapsp), e Daniel Amazonas, da 61ª Proceapsp.
De acordo com as investigações, o sargento Saimon teria ordenado que o cabo Jobison de Souza Vieira executasse os disparos contra o veículo do cantor.
Jobison já havia sido preso pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) em agosto, acusado de ser o autor material do crime.
No ataque, o carro foi crivado de tiros.
A esposa do cantor foi atingida por estilhaços e sua filha de 4 anos levou um disparo de calibre .45 no tórax, mas sobreviveu graças ao pronto atendimento médico.

Apreensão do Arsenal
Durante as buscas, foram apreendidas mais de 20 armas de diversos calibres, incluindo fuzis, dezenas de carregadores e centenas de munições.
Os promotores afirmaram que, apesar do militar ser colecionador, atirador e caçador (CAC), a quantidade de material encontrado apresenta uma disparidade considerável em relação ao que ele estava autorizado a portar.
Parte do material estava em locais não autorizados, inclusive na casa de parentes.
“Encontramos situações que, aparentemente, destoam da autorização do CR [Certificado de Registro] que ele tem”, explicou o promotor Armando Gugel.
Investigação e Motivação
A operação contou com a participação do Exército Brasileiro, que auxiliou em buscas por clubes de tiro onde o sargento mantinha vínculo, na tentativa de localizar a arma do crime.
Os promotores destacaram que a investigação começou com um trabalho incansável e primoroso do 23º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e, posteriormente, passou a ser capitaneada pelas Proceaps, devido ao envolvimento de policiais militares.
Questionados repetidamente sobre a motivação para o crime, os representantes do MP-AM optaram por não comentar, alegando interesse da investigação e que o procedimento ainda está sob sigilo.
“Com relação à motivação do crime, no momento a gente prefere, no interesse da investigação, nos manter nas informações mais gerais.
A partir do momento em que houver a denúncia, que não deve demorar, aí sim o processo deve sair dessa condição sigilosa”, afirmou Gugel.
Crimes a Serem Denunciados

O MP-AM informou que a denúncia formal deve ser oferecida em breve.
Inicialmente, os crimes em análise são tentativa de homicídio contra Du Barranco e as outras vítimas que estavam no carro.
“Pela forma como o crime foi praticado, nos leva a crer que existiram, no mínimo, duas tentativas de homicídio.
Da criança, inclusive, por dolo eventual, ou seja, ele assumiu o risco de realizar vários disparos dentro do carro e atingir todas as pessoas. É possível que isso alcance até quatro tentativas”. detalhou o promotor.
Além disso, os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento também serão apurados em relação ao arsenal apreendido.
Relação entre Acusados
A investigação apurou que o sargento Saimon (mandante) e o cabo Jobison (executor) são colegas da Polícia Militar e já serviram na mesma unidade.
Esta relação, no entanto, também foi considerada parte do núcleo da motivação.
A operação Desbarranco continua em andamento para a análise completa do material apreendido e para desvendar todos os detalhes do caso.
Fonte : Portal Tucumã
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