quarta-feira, 1 de outubro de 2025

NO DIA MUNDIAL DA MÚSICA , CELSO SABINO E JOELMA LANÇAM CAMPANHA PARA CELEBRAR COMO "CAPITAL MUNDIAL DO BREGA"

Ministério do Turismo lança campanha estrelada pela cantora paraense para impulsionar turismo cultural e atrair ainda mais turistas para a capital do Pará
No Dia Mundial da Música, celebrado nesta quarta-feira (1º/10), o Ministério do Turismo lançou a campanha “O mundo é Brega e Belém é a capital”, em comemoração ao reconhecimento inédito concedido pela ONU Turismo, que declarou a capital paraense como Capital Mundial do Brega. 
A ação é estrelada pela cantora paraense Joelma, um dos maiores ícones do gênero, e integra a estratégia “Conheça o Brasil”, voltada a estimular o turismo doméstico e valorizar manifestações culturais que representam a diversidade brasileira.
Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, reconhecido pelos artistas paraenses como “o ministro do Brega”, a conquista simboliza o reconhecimento de uma das expressões artísticas mais populares do país.
“Essa campanha celebra a força criativa do povo paraense e reafirma o Brasil como um país de culturas vibrantes e singulares. 
Mais do que um estilo musical, o brega é símbolo de identidade, pertencimento e alegria, e agora, um cartão de visita para o mundo conhecer Belém. Como paraense, sinto um orgulho imenso em ver nossa cultura ser reconhecida mundialmente”, destacou Sabino.
O título foi oficializado durante a 123ª reunião do Conselho Executivo da ONU Turismo, em Segóvia, na Espanha, colocando Belém no mapa global da música e da cultura, a exemplo de outras cidades já reconhecidas por movimentos artísticos que marcaram gerações.
Campanha amplia visibilidade do Pará e do Brasil
A campanha do Ministério do Turismo aposta em múltiplas linguagens. 
Um jingle exclusivo mistura vertentes do gênero – do brega romântico ao tecnobrega e ao brega calypso – conectando gerações.
Além da música, a narrativa valoriza a gastronomia paraense, com a participação do chef Thiago Castanho; a moda autoral, com a estilista Dina Carmona; o turismo de experiência, representado pelo influenciador Rômulo Dias; e o empreendedorismo feminino, com Gaby Amarantos e Clara. Grandes nomes do brega, como Wanderley Andrade e Hellen Patrícia, também ganham destaque.
No ambiente digital, a estratégia se desdobra em conteúdos multiplataforma coo “Brega Talks” – série de entrevistas com personalidades e artistas locais e Dançar é Brega” – série de vídeos gravados em pontos icônicos de Belém, conectando a cidade à dança e à musicalidade do povo paraense.
Belém, vitrine cultural do Brasil
Com o reconhecimento da ONU Turismo, Belém consolida seu papel como berço do brega e reforça sua posição como destino turístico cultural e musical. 
A capital paraense já é mundialmente reconhecida pela gastronomia, tombada como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, com destaque para o açaí, tacacá e maniçoba. 
Agora, soma-se a isso a música que traduz a alegria, a criatividade e a capacidade de resiliência de um povo.
“É mais um movimento que dá visibilidade à diversidade do Brasil, colocando Belém como um destino turístico que une música, tradição, gastronomia e história para oferecer experiências únicas a visitantes do Brasil e do mundo”, complementou Sabino.
Assim, o brega – nascido humilde, colorido e apaixonado – ganha projeção como patrimônio imaterial do Brasil para o mundo, marcando uma nova fase para o turismo cultural no país e abrindo portas para que futuras gerações conheçam e celebrem essa identidade vibrante.
Brega: das periferias ao sucesso nacional
Nascido nas periferias de Belém na década de 1970, o brega sempre foi mais do que música: tornou-se expressão de resistência, lazer e identidade cultural do povo amazônico.
Originalmente associado ao romantismo popular, o gênero atravessou fronteiras, evoluindo com guitarras elétricas, sintetizadores e influências caribenhas. 
O tecnobrega, que explodiu nos anos 2000, projetou Belém como um dos polos mais inovadores da música popular brasileira. 
Bailes, aparelhagens e DJs criaram uma cena que uniu tecnologia, economia criativa e inclusão social, transformando festas de bairro em megashows que atraíam milhares de pessoas.
Artistas como Pinduca, o “rei do carimbó”, abriram caminho para o reconhecimento da música paraense, enquanto nomes como Wanderley Andrade, Nelsinho Rodrigues, Joelma e Chimbinha (Banda Calypso), e mais recentemente Gaby Amarantos e Felipe Cordeiro, mostraram ao Brasil e ao mundo a força criativa do brega. Hoje, o gênero está presente em playlists nacionais, novelas, festivais e pistas de dança de diferentes países, confirmando sua capacidade de se reinventar sem perder as raízes.
Fonte : Cíntia Luna  / Assessora do Ministério do Turismo
Por Redação Blog do Xarope , Victor Palheta

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