O novo relatório Education at a Glance 2025, divulgado pela OCDE, expõe uma realidade que já vinha sendo percebida nas ruas, nas famílias e nas estatísticas: o Brasil figura entre os países com maior proporção de jovens sem estudar e sem trabalhar. 
Ao todo, 24% dos brasileiros entre 18 e 24 anos estão completamente afastados tanto da educação quanto do mercado — quase o dobro da média internacional, que é de 14%.
O dado coloca o país atrás apenas de Costa Rica, África do Sul e Colômbia, evidenciando um cenário que combina dificuldades de acesso à educação, mercado de trabalho estagnado, desigualdades históricas e falta de políticas sustentáveis para transição profissional.
O relatório também alerta para um ponto crítico pouco discutido no debate público: o impacto da inatividade prolongada na saúde mental e no desenvolvimento socioemocional.
Jovens sem perspectivas enfrentam maior risco de ansiedade, depressão e ruptura de vínculos sociais — um efeito dominó que compromete o presente e o futuro.
O documento ainda destaca que o Brasil está entre os poucos países que baseiam o ingresso no ensino superior exclusivamente em provas acadêmicas.
Enquanto isso, 29 nações utilizam avaliações combinadas, que incluem histórico escolar, perfil do estudante, competências socioemocionais e experiências formativas.
A OCDE defende que esse modelo diversificado reduz desigualdades e amplia oportunidades.
Como caminhos, o relatório recomenda expansão do ensino técnico, revisão dos processos seletivos e parcerias entre escolas e empresas para facilitar a entrada no mercado de trabalho.
Portugal é citado como exemplo ao ampliar cursos profissionais e fortalecer a ponte entre educação e empregabilidade.
Na sua opinião, qual é o principal motivo que impede tantos jovens brasileiros de estudar ou trabalhar — falta de oportunidade, estrutura familiar, modelo educacional ou outro fator?
Fonte : Opinião Goiás
Blog do Xarope via Opinião Goiás
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