“O “rei da moral e dos bons
costumes” Sérgio Leão, vai fiscalizar a aplicação de recursos públicos nos
municípios paraenses e na maior caricatura de madeira, vai exigir a punição de
gestores quando a prestação de contas contiver indícios de irregularidades.
Xarope lembra: colocaram uma Raposa para tomar conta do galinheiro”.
Parece que a polícia deixou de prender os corruptos e a justiça em lugar
de condenar, elege os figurões da corrupção ativa para fazer parte de seu grupo
antes tido como respeitável. Toda a legitimidade do poder judiciário do Estado
parece que caiu por terra depois da
indicação de Sérgio Leão, “todo poderoso e eminência parda” de vários governos.
Depois da absolvição dos envolvidos no escândalo do “mensalão”, do PT, o PSDB
repete o mau exemplo e contando com apoio da base governista na Assembleia
Legislativa, se uniu e conseguiu “por livre e espontânea pressão”, eleger o
ex-secretário especial de vários governos do PSDB-PA, Sérgio Leão. Ele foi
indicado e seu nome foi confirmado para conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios
(TCM).
Com muita honra, o suspeito de participar de vários esquemas de
corrupção sentará na cadeira vaga foi indicada pelo Poder Legislativo Estadual.
Provando
que a impunidade fala mais alto, Sérgio Leão não deu ouvidos aos adversários
que o acusavam com provas de não ter a “conduta moral ilibada” exigida tanto
pela Constituição do Estado do Pará quanto pelo regimento interno do próprio
TCM para a candidatura - já que ele e seu amigo de longa data, o governador
Simão Jatene (PSDB), são investigados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)
pelo escândalo Cerpasa.
Uma raposa no galinheiro- No cargo do TCM, ao lado de
outros seis conselheiros, Sérgio Leão, “cheio de pose e moral”, vai fiscalizar
a aplicação de recursos públicos nos municípios paraenses e, se necessário, punir
com rigor os prefeitos que caírem na “malha fina”, quando a prestação de contas
contiver indícios de irregularidades - algo que pode comprometer de forma fatal
o mandato e inclusive futuras candidaturas municipais.
O Artigo 119 da Constituição Estadual do Estado e o Capítulo IV do
Regimento Interno do Tribunal cita como requisitos obrigatórios para os
candidatos a Conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, que tenham investidura do cargo, “idoneidade moral e reputação
ilibada”, virtudes que Sérgio Leão, e sua alma poluída, não tem nem em
pensamento.
Sérgio Leão é acusado de fazer parte junto com o governador Simão Robson
Jatene do envolvimento, em um caso que começou em 2002, quando foram
encontrados, na sede da Cervejaria Paraense S.A., cerca de R$ 16,5 milhões não
contabilizados pela empresa em operação fiscal da Polícia Federal. Na época, o
atual governador concorria pela primeira vez ao governo do Estado e, de acordo
com as investigações, teria recebido mais de R$ 4 milhões da empresa para sua
campanha, também não contabilizados.
Logo em seu primeiro ano de mandato, em 2003, o então governador eleito
Simão publicou três decretos perdoando parte da dívida da cervejaria, cerca de
R$ 47 milhões, e de outras 37 empresas que também deviam ao fisco estadual. Dos
41 deputados que ocupam o parlamento estadual, ficou de fora da votação secreta
apenas Martinho Carmona (PMDB), licenciado no dia da eleição. Sérgio Leão
ganhou com folga seu opositor, o deputado Júnior Hage (PR).
Cara de Pau- “Tenho uma folha de prestação de
serviços ao Estado e todas as áreas, administrativas, financeiras. Diria que
tudo aquilo de instrumental que necessita um conselheiro para desenvolver suas
atividades, eu disponho”, afirmou depois um Leão já bem menos ingênuo, ainda
mais quando questionado sobre o decorrer da campanha. Xarope avisa, “sonso,
quem não te conhece, é que te compra”, avisa o blogueiro com a pulga atrás da
orelha.
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