A volta
de Cristo será um evento grandioso e visto internacionalmente
por aqueles que estiverem vivos no final da grande tribulação.
Se
em sua primeira vinda Ele manifestou-se como um homem comum, sofrendo todas
as implicações físicas dessa condição desde
o seu nascimento, no segundo advento Ele aparecerá na sua real condição
divina, com grande poder e glória, no comando formado por miríades
e miríades de anjos.
No momento
de maior tensão política e espiritual da grande
tribulação, quando os exércitos reunidos pelo anticristo
e seus aliados estiverem prestes a atacar Israel, o Senhor Jesus aparecerá nos
céus com os seus anjos, arrebatará a Igreja (Mateus 24-29-31)
e, a continuação, derrotará os exércitos do anticristo
e instaurará o reino mundial de paz, denominado na Bíblia como
Milênio (Apocalipse 20:1-6).
O
anticristo será derrotado definitivamente
na batalha do Armagedom ou Megido pelos exércitos celestiais de Cristo
em sua segunda vinda (Zacarias 14:1-21). O destino final do anticristo e
do falso profeta será o lago de fogo (Apocalipse 19:11-21).
Na parábola da figueira, contida em Mateus 24:32-33 e proferida no
final do sermão profético, Jesus nos revela em que momento
ocorreria a sua vinda gloriosa e qual deveria ser a expectativa dos discípulos
em relação a ela.
Após narrar todos os acontecimentos
principais dos últimos tempos, Jesus declara: "...Igualmente,
quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo às
portas".
A
que se referia Jesus quando mencionou "todas estas
coisas"? Estava referindo-se à série de acontecimentos
preditos por Ele próprio, momentos antes, no sermão profético.
Entre
esses acontecimentos, o Senhor descreveu a grande tribulação,
que antecederia a sua volta triunfal. Consequentemente, ao determinar que
os seus discípulos veriam todas aquelas coisas, inclusive a grande
tribulação, e que a sua volta gloriosa estaria próxima
ao clímax daqueles eventos, o próprio Mestre relacionou a esperança
de seus discípulos pela sua volta à segunda vinda Dele em glória
e não a um momento anterior e oculto.
Ao ler
as profecias bíblicas e ao estudar a história da Igreja
primitiva, fica a clara noção de que nossos irmãos primitivos
esperavam uma futura vinda de Jesus sem subdivisões ou etapas.
Sustentar
que a segunda vinda do Salvador está subdividida em duas etapas separadas
por alguns anos, como defende os modelos pré-tribulacionista (7 anos)
e midi-tribulacionista (3 anos e 6 meses) é, entre outras suposições,
deduzir que os irmãos em Corinto, Tessalônica, Roma, Filipos,
Jerusalém, etc, sabiam perfeitamente que havia essa "subdivisão" implícita
nos escritos de Paulo e dos outros apóstolos, já que os termos
usados para o que os modelos pré e midi-tribulacionista denominam
de "vinda para a Igreja" e "vinda para Israel", são
os mesmos!!!
Ou
seja, para que o argumento pré e midi-tribulacionista
faça sentido no que concerne à "sub-divisão" da
vinda de Jesus, os irmãos primitivos deviam estar cientes de algo
que não é ensinado textualmente no Novo Testamento e que não
consta em nenhum escrito de líderes cristãos até o
século XIX...
UMA VINDA VISÍVEL
Nenhum texto bíblico nos permite afirmar que Jesus virá ocultamente antes da sua vinda em glória logo após a grande tribulação.
Como
abordamos no item VIGILÂNCIA EM MEIO À CRISE, a menção à vinda
de Jesus como um ladrão, procura descrever um fato que será inesperado
pela maior parte da população mundial e repentino.
Os vocábulos gregos utilizados para descrever a vinda de Cristo,
até mesmo aqueles inseridos nos versículos citados corriqueiramente
pelos que sustentam o pré-tribulacionismo, são palavras que
denotam sempre visibilidade e poder.
Isso
ocorre tanto com apocalipsys (revelação),
epiphaneia (aparecimento) e parousia (vinda). Essas são as palavras
usadas no Novo Testamento para descrever a segunda vinda de Jesus e nenhuma
delas sugere uma vinda oculta. Pelo contrário, todas descrevem um
acontecimento visível para todos.
Os textos
que relatam mais detalhadamente a vinda de Cristo no seu momento inicial,
ou seja, no momento em que aparecer no céu o sinal visível
a nível mundial, sempre o descrevem acompanhado de anjos e exércitos
celestiais e não mencionam a Igreja ou Noiva.
Isso
deixa claro que Jesus não aparecerá nos céus com uma Igreja arrebatada
anos antes e sim aparecerá nos céus com anjos, grande glória
e poder para arrebatar a sua Igreja e derrotar o sistema maligno. Isso fica
bastante claro em passagens como Mateus 25: 31-32:
"E quando o Filho
do homem vier na sua glória, e todos os santos anjos com ele, então
se assentará no trono da sua glória; e todas as nações
serão reunidas diante dele; e apartará uns dos outros, como
o pastor aparta dos bodes as ovelhas".
Outro
texto que narra o mesmo instante está em Apocalipse 19:14: "E
seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos
de linho fino, branco e puro". Em II Tessalonicenses 1:7-8 o apóstolo
Paulo não deixa dúvidas a respeito da ordem dos acontecimentos
finais. Vejamos:
"E a vós, que sois atribulados, descanso conosco,
quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu
poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não
conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor
Jesus Cristo".
Essa
revelação dada a Paulo nos mostra claramente a ordem
dos eventos e o momento em que acontecerão. Em primeiro lugar, Paulo
não esperava um arrebatamento pré-tribulacional, pois o mesmo
já estava sendo atribulado e aguardava, junto com a Igreja primitiva,
o alívio definitivo para suas tribulações.
Quando
aconteceria esse alívio? O próprio apóstolo nos responde: "...quando
se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,
como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem
a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo..."
Até mesmo para um leitor menos atento, fica claro que Paulo está referindo-se à vinda
de Jesus como Rei e Senhor para derrotar o anticristo e seu sistema. Se é neste
momento que Paulo esperava alívio, obviamente esse alívio da
tribulação para a Igreja no final dos tempos virá por
ocasião da volta de Jesus em glória e não numa volta
oculta anterior à tribulação!
Essa é a maravilhosa promessa que a Igreja deve esperar: a volta
do Mestre, para arrebatar aqueles que são novas criaturas e mudar
completamente o rumo do mundo.
Até o presente momento, o mundo inteiro
jaz no maligno (I João 5:19). Nós aguardamos a volta de Cristo
para mudar essa situação de uma vez por todas.
O MILÊNIO
Em relação à duração do Milênio, alguns afirmam não tratar-se de um período literal de mil anos, levando em consideração o caráter simbólico de muitas afirmações apocalípticas e também a relação divina com o tempo e o espaço, muito diferente da nossa.
O
que podemos determinar, baseados numa interpretação literal da profecia
referente ao Milênio, é que certamente haverá um período
de paz e harmonia, logo após a volta de Jesus.
Neste
momento os servos fiéis ao Altíssimo em todos os tempos receberão seus
galardões (Apocalipse 20:4) e serão chamados para reinar juntamente
com Cristo.
Acreditamos
que, após a derrota das forças malignas do anticristo,
as condições naturais do planeta serão mudadas milagrosamente.
Em primeiro lugar, o peso espiritual maligno que assola a Terra, ou seja,
as potestades do ar, serão expulsas.
Toda
contaminação
atmosférica causada pelos eventos catastróficos da tribulação,
todo desequilíbrio climático, enfim, tudo o que devastou a
Terra e a natureza durante a história do homem decaído será restaurado.
Os textos
bíblicos que mencionam esse período milenar, deixam
transparecer que ele terá condições semelhantes às
condições existentes no Éden (Isaias 11:1-16).
A
própria
condição física do homem será privilegiada por
essas mudanças, talvez levando os homens a viverem num período
de tempo muito maior que o atual, aproximando-se à condição
etária dos homens anti-diluvianos, o que talvez explique o termo "Milênio",
já que os seres humanos conseguiriam viver aproximadamente esse tempo
ou mais. Nesse caso, o Milênio abrangeria somente uma ou duas gerações
humanas.
Esse
contexto de perfeição existirá devido a dois fatores
principais: a) presença física e espiritual do próprio
Cristo na Terra, governando o planeta com amor e justiça e b) a saída
de cena da trindade maligna, formada pelo anticristo, o falso profeta e Satanás.
O
anticristo e o falso profeta, após a derrota no Armagedom, serão
lançados no lago de fogo. Satanás será preso durante
esse período e solto no final do Milênio.
Muitos
podem se perguntar a razão disso. Por que não lançar
definitivamente Satanás no lago de fogo eterno, como acontece com
o anticristo e o falso profeta e livrar o ser humano de uma vez por todas
desse mal? Por que ainda soltá-lo?
Acreditamos
que essa permissão
divina esteja inserida em seu plano eterno no sentido de provar definitivamente
a fidelidade da humanidade, dentro de um contexto de perfeição.
Ou
seja, colocar o ser humano num meio de perfeição, sob um
governo que terá a direção do próprio Cristo,
numa sociedade perfeita e condições de vida excepcionais.
Não haverá desculpas nem pretextos para quem, no final do
Milênio, cair na sedição satânica, que ajuntará muitas
pessoas que preferiram as promessas enganosas do diabo ao reino de paz do
Eterno (Apocalipse 20:7-9), mesmo vivendo nele e desfrutando de suas bênçãos.
Será a prova de fidelidade derradeira para muitos. Os rebeldes, liderados
pelo próprio Satanás, subirão contra Jerusalém,
centro do governo de Jesus, e serão definitivamente derrotados (Apocalipse
20:10).
Após
esse fato definitivo virá uma ressurreição
em massa e o juízo final (Apocalipse 20:11), para os que foram infiéis
ao Pai durante toda a história humana e escolheram conscientemente
seguir a rebelião começada por Satanás
nos primórdios
dos tempos.
Os
condenados serão jogados junto com ele e seus anjos
no lago fogo para todo sempre. Os salvos não participarão dessa última
ressurreição em massa, pois mil anos antes já tinham
participado da primeira ressurreição, ocorrida durante a volta
de Jesus em glória para instaurar o Milênio (Apocalipse 20:4-6).
Após o juízo final, a promessa de novos céus e nova
Terra será realizada. Um universo já totalmente livre de toda
a raiz do mal e habitado por aqueles que amam verdadeiramente ao Pai. Aqueles
que foram provados de todas as maneiras e aprovados.
Nesse
momento, a nova Jerusalém descerá dos céus com destino à Terra,
já completamente transformada e adquirindo o seu estado definitivo,
e servirá como cidade central para o governo divino na nova Terra
para toda a eternidade.
A
nova Jerusalém, de acordo com os dados apocalípticos, é uma
cidade de forma quadrangular, construída com elementos celestes e
além de nossa imaginação, com dimensões continentais
e possuindo muros de 69,12 metros (Apocalipse 21:16-17). Nela, o próprio
Criador fará morada entre os homens.
Esse é o nosso chamado. Para isso fomos escolhidos. Para ter comunhão
com o Pai eternamente, seja na Terra, nos céus, no universo e até além
dos lugares onde a nossa imaginação limitada não consegue
ultrapassar.
Para
maiores informações sobre o tema "MILÊNIO",
inclusive uma base mais detalhada do porquê somos pré-milenistas
e literalistas, clique AQUI
Em Cristo,
Jonerikson Santana/Jesiel Rodrigues
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