De acordo com estudo, construção da usina de Belo Monte intensificou número de assassinatos em Altamira, no Pará – que lidera o ranking
A cidade de Altamira, no Pará, lidera o ranking dos municípios mais violentos do Brasil, formulado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O cenário retratado pelo estudo, segundo os autores da pesquisa, acabou evoluindo para a crise de segurança pública que estremeceu o país no início do ano. De acordo com o estudo, essa crise é resultado direto da incapacidade dos governos em planejar, propor e executar políticas minimamente efetivas para a área.
Isso significa que, a cada três semanas, 3,4 mil pessoas foram assassinadas no Brasil – um número maior do que a quantidade de mortos nos 498 ataques terroristas que aconteceram nos cinco primeiros meses de 2017.
No geral, houve uma redução no número de assassinatos na região Sudeste, uma estabilização no Sul, e, por outro lado, um grande crescimento nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Desta vez, além da publicação do estudo, o Ipea anunciou o lançamento do site Atlas da Violência, que vai trazer dados e estatísticas sobre violência urbana no país.
Municípios mais violentos
O índice do Ipea leva em conta a taxa de homicídios mais o número de Mortes Violentas com Causa Indeterminada.
Em Altamira, essa taxa ficou em 107, o que quer dizer que houve 107 mortes para cada 100 mil habitantes.
A presença dessa cidade no topo do ranking pode ser explicado pelos baixos índice de desenvolvimento humano (IDH) e renda per capita, mas não só: há o fenômeno de crescimento econômico desordenado, provocado pela construção de Belo Monte.
Em segundo lugar no ranking, aparece Lauro de Freitas, na Bahia, com incidência de 97,7 homicídios; seguida por Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe, e São José do Ribamar, no Maranhão.
A primeira capital do ranking é Fortaleza, no Ceará, em 13º na lista. Entre os 30 municípios mais violentos, há três da região Sul e um da região Sudeste: todos os outros estão no Nordeste, Centro-Oeste ou Norte do país.
A cidade de Altamira, no Pará, lidera o ranking dos municípios mais violentos do Brasil, formulado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O cenário retratado pelo estudo, segundo os autores da pesquisa, acabou evoluindo para a crise de segurança pública que estremeceu o país no início do ano. De acordo com o estudo, essa crise é resultado direto da incapacidade dos governos em planejar, propor e executar políticas minimamente efetivas para a área.
Isso significa que, a cada três semanas, 3,4 mil pessoas foram assassinadas no Brasil – um número maior do que a quantidade de mortos nos 498 ataques terroristas que aconteceram nos cinco primeiros meses de 2017.
No geral, houve uma redução no número de assassinatos na região Sudeste, uma estabilização no Sul, e, por outro lado, um grande crescimento nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Desta vez, além da publicação do estudo, o Ipea anunciou o lançamento do site Atlas da Violência, que vai trazer dados e estatísticas sobre violência urbana no país.
Municípios mais violentos
O índice do Ipea leva em conta a taxa de homicídios mais o número de Mortes Violentas com Causa Indeterminada.
Em Altamira, essa taxa ficou em 107, o que quer dizer que houve 107 mortes para cada 100 mil habitantes.
A presença dessa cidade no topo do ranking pode ser explicado pelos baixos índice de desenvolvimento humano (IDH) e renda per capita, mas não só: há o fenômeno de crescimento econômico desordenado, provocado pela construção de Belo Monte.
Em segundo lugar no ranking, aparece Lauro de Freitas, na Bahia, com incidência de 97,7 homicídios; seguida por Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe, e São José do Ribamar, no Maranhão.
A primeira capital do ranking é Fortaleza, no Ceará, em 13º na lista. Entre os 30 municípios mais violentos, há três da região Sul e um da região Sudeste: todos os outros estão no Nordeste, Centro-Oeste ou Norte do país.
Posição | Estado | Cidade | Taxa |
---|---|---|---|
1 | PA | Altamira | 107 |
2 | BA | Lauro de Freitas | 97,7 |
3 | SE | Nossa Senhora do Socorro | 96,4 |
4 | MA | São José de Ribamar | 96,4 |
5 | BA | Simões Filho | 92,3 |
6 | CE | Maracanaú | 89,4 |
7 | BA | Teixeira de Freitas | 88,1 |
8 | PR | Piraquara | 87,1 |
9 | BA | Porto Seguro | 86 |
10 | PE | Cabo de Santo Agostinho | 85,3 |
11 | PA | Marabá | 82,4 |
12 | RS | Alvorada | 80,4 |
13 | CE | Fortaleza | 78,1 |
14 | BA | Barreiras | 78 |
15 | BA | Camaçari | 77,7 |
16 | PA | Marituba | 76,5 |
17 | PR | Almirante Tamandaré | 76,2 |
18 | BA | Alagoinhas | 75,7 |
19 | BA | Eunápolis | 75,1 |
20 | GO | Novo Gama | 75 |
21 | GO | Luziânia | 74,7 |
22 | PB | Santa Rita | 74,1 |
23 | MA | São Luís | 73,9 |
24 | GO | Senador Canedo | 73,7 |
25 | PA | Ananindeua | 70,2 |
26 | GO | Trindade | 69,8 |
27 | CE | Caucaia | 69,8 |
28 | PE | Igarassu | 69,4 |
29 | ES | Serra | 69,2 |
30 | BA | Feira de Santana | 68,5 |
Por Luiza Calegari, de Exame.com
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