segunda-feira, 16 de abril de 2018

Família diz que jovem morto em ação da PM em Santana do Ituqui saiu vivo da comunidade

Morte aconteceu após uma operação da Polícia Militar no domingo (15). Polícia Civil diz que houve demora na apresentação do caso pela guarnição a 16ª Seccional.
A família de Marlisson Xavier, de 23 anos, morto durante uma ação da Polícia Militar, diz que o jovem saiu preso e com vida da comunidade Santana do Ituqui, em Santarém, no oeste do Pará, no domingo (15). De acordo com a PM, o jovem morreu após tentar trocar tiros com a guarnição.
À TV Tapajós o irmão da vítima, que preferiu na se identificar, informou como ficou sabendo da morte. “Um vizinho da comunidade ligou e disse que meu irmão tinha sido preso à noite. Para nossa surpresa, ele chegou pra cá morto. Tem vizinhos que viram a prisão dele, não teve tiroteio, não teve nada. Queremos justiça. Por que não só prenderam ele? Por que mataram?”, entre lágrimas, contou.
Ainda no domingo, a família da vítima registrou o Boletim de Ocorrência na 16ª Seccional de Polícia Civil.
Versão da PM
 Major da PM, Ausier Furtado
A polícia montou a operação pois recebeu denúncias anônimas que indicavam que havia tráfico de drogas em Santana do Ituqui. Conforme a Polícia Militar, após a ação, já ferido, o jovem foi levado com vida ao Pronto Socorro Municipal em Santarém, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho.
“Ao chegar lá em uma residência, ao adentrar se depararam com dois elementos, sendo que um empreendeu fuga e o outro tentou contra a guarnição, usando uma arma. A guarnição respondeu a agressão atingindo o elemento”, disse o major da PM, Ausier Furtado.
Ainda segundo a PM, foram apreendidas na casa onde Marlisson estava: drogas, uma espingarda e mais de R$ 400. O jovem já tinha cumprido pena no presídio de Santarém por tráfico de drogas.
O corpo foi encaminhado ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC), mas conforme o delegado Lucivelton Ferreira, o procedimento foi feito com irregularidades pelos policiais militares.
“Primeiramente é comunicado à delegacia, solicitamos a perícia, intimamos depoimentos de testemunhas para poder instruir o inquérito. Nós não recebemos nenhuma comunicação oficial do óbito, nem da apresentação da arma e da droga. Estamos aguardando e ouvindo parentes da vítima”, disse. Até às 19h30 de domingo o caso não tinha sido comunicado à Polícia Civil.

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