quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Jovem paraense que também sofreu assédio denuncia João de Deus ao MP

"Em seu depoimento ela disse que sofreu assédio do médium em 2017"Resultado de imagem para joão de Deus fazendo seu trabalho
O promotor de Justiça Sandro Garcia de Castro, coordenador do Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (NEVM), recebeu na última semana a primeira denúncia de uma vítima paraense do médium João de Deus.
É uma jovem que teve sua identidade preservada em função da denúncia. Em seu depoimento ela disse que sofreu assédio do médium em 2017 durante uma visita à casa Dom Inácio de Loyola, localizada na cidade de Abadiânia (GO), onde o João de Deus realizava atendimentos espirituais.
De acordo com a vítima, o médium argumentou que sentia que havia algo errado com ela e que seu caso requeria atendimento individualizado. 
Ela foi levada para uma sala e, quando percebeu o que estava acontecendo, interrompeu o médium e conseguiu sair. 
Constrangida, a jovem preferiu se preservar e preservar a família e, por isso, não denunciou o caso. “Ela revelou que ficou com medo da reação do médium, que é uma pessoa influente e de poder econômico. Mas, agora, que ela viu que não era a única vítima e resolveu procurar o Ministério Público”, disse o promotor Sandro Garcia, que tomou o depoimento.
Ele destacou que os relatos da vítima paraense são condizentes com os das demais vítimas de João de Deus. A jovem relatou ainda que já era frequentadora do centro espírita havia alguns anos. A primeira vez que ela esteve em Goiânia (GO) foi em busca de atendimento para um parente que estava adoentado e depois continuou frequentado o local até 2017, quando foi assediada por João de Deus.
Jovem afirma conhecer outras vítimas paraenses do médium
O promotor esclarece que o Ministério Público do Pará não tem atribuição para atuar especificamente no caso em razão dele ter ocorrido em outro Estado. Porém, o MPPA está irmanado com a força-tarefa do Ministério Público Estadual de Goiás no intuito de obter o máximo de provas possíveis e encaminhar para a força-tarefa do MPGO que apura o caso.
“Inclusive, a vítima que procurou o MP declarou ter conhecimento da existência de outras vítimas do médium. Os relatos nesse sentido vieram de pessoas que participam de grupos espíritas. A vítima crê que essas pessoas estejam temerosas e constrangidas, o que é perfeitamente compreensível mas é importante destacar que todas as denúncias serão mantidas em total sigilo. As vítimas podem vir tranquilamente ao MP que serão atendidas com sigilo completo”, garantiu o promotor Sandro Garcia.
Serviço
Pessoas que foram vítimas do médium podem procurar o Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher do MPPA que funciona de 8h às 14h. O NEVM fica localizado na Rua Ângelo Custódio, nº 85, entre rua Joaquim Távora e rua João Diogo – Centro, em Belém; ou o Ministério Público nas cidades onde moram. (Fonte: Ascom – Ministério Público do Pará).

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