O Ministério da Saúde organiza a realização de testes e a coleta de dados, que poderão servir para organização de dados no país. Pelo menos sete estados já traçam planos para reduzir, aos poucos, as medidas de distanciamento social. A pasta trabalha em três frentes de atuação para melhorar o rastreamento da contaminação em todo o país e auxiliar na construção de um plano sobre as medidas de mobilidade social.
A primeira pesquisa em andamento é um estudo nacional coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e realizado com apoio do instituto Ibope, que vai entrevistar e realizar testes rápidos de detecção de anticorpos de Covid-19 em quase 100 mil pessoas de todos os estados do país, além do Distrito Federal.
Os testes serão feitos em três fases, cada uma separada da outra por um período de duas semanas. Em cada etapa, 33.250 pessoas serão testadas e responderão a um questionário. A primeira deve começar na semana que vem, após o Ibope adquirir os equipamentos de proteção para os 2.600 entrevistadores que farão o levantamento.
Os dados serão coletados em 133 cidades sentinela, termo técnico que define os maiores municípios de regiões intermediárias do Brasil, conforme divisão do IBGE.
IBGE atuará por telefone
Outra modalidade de pesquisa será feita pelo IBGE: a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua com foco no monitoramento da Covid-19. Pesquisadores do instituto irão entrevistar 200 mil pessoas ao longo de três meses, por telefone. A ideia é entrevistar as mesmas pessoas várias vezes, para saber se elas adoeceram ou não, além de coletar dados socioeconômicos.
As duas pesquisas vão complementar as informações obtidas por meio do TeleSUS, que começou a operar no início de abril. Até ontem, existiam 300 mil pessoas sendo acompanhadas pelo serviço.
O próprio sistema do ministério, por meio de inteligência artificial, liga para a população para saber se alguém naquele telefone possui sintomas de síndrome gripal ou Covid-19. Os cidadãos também podem buscar auxílio, por meio do telefone 136 ou por chat. Já foram atendidas 5,2 milhões de pessoas. A meta é chegar a 120 milhões.
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