Ele usou uma arma cautelada pelo Estado – pistola ponto 40, utilizada por forças policiais – para matar de forma cruel e covarde um cãozinho de apenas 2 anos conhecido por Lobo, no bairro da Pedreira, em Belém, na última sexta-feira. O autor do crime, o policial militar identificado por Luiz Augusto, ainda não se apresentou à polícia e não se tem notícias de que também tenha se apresentado à Corregedoria da Polícia Militar, que já apura a conduta violenta dele.
Enquanto no sábado era realizada uma manifestação de protesto, no local do crime, a travessa Angustura com Visconde de Inhaúma, reunindo dezenas de pessoas, nas redes sociais a indignação continua, cobrando uma atitude das autoridades.
A pressão é para que o militar seja afastado da PM e expulso da corporação. No entendimento da maioria, se ele fez isso com um animal indefeso, com a arma na mão o que não será capaz de fazer contra um ser humano. Não se sabe se ele já possui na PM algum antecedente por violência, porque a corporação nada informa.
De acordo com a Polícia Civil, um advogado do policial militar informou que registrou um boletim de ocorrência referente ao caso e será apresentado à autoridade a Divisão de Meio Ambiente e Proteção Animal.
O governador Helder Barbalho, em sua conta no Instagram, foi incisivo ao dizer que o PM seria “afastado imediatamente das atividades e submetido a processo administrativo disciplinar que vai julgara permanência ou não do suspeito na corporação”. A postagem do governador recebeu aplausos de centenas de internautas.
A morte de Lobo é investigada pelos policiais civis da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), a antiga Dema, cuja equipe esteve no local após o baleamento do animal. Para o promotor de Justiça Militar, Armando Brasil, o policial militar poderá sofrer punições disciplinares e criminal e ser enquadrado na nova lei de crimes contra cães e gatos sancionada recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro. Essa nova lei prevê até cinco anos de prisão para crimes dessa natureza.

Segundo Brasil, o PM pode sofrer advertência ou ser licenciado a bem da disciplina, ou seja, ser expulso da corporação. A promotoria militar fará o acompanhamento desse PAD junto à corregedoria da PM. Em nota curta, a corporação disse que o soldado seria afastado e submetido a PAD, como determinou o governador, que é o comandante-em-chefe da PM.
Diz a PM que “não compactua com qualquer conduta que fira a ética da profissão”. Testemunhas relatam que, por volta das 6h da manhã de sexta-feira, um homem desceu de um carro preto e perguntou para o porteiro do prédio, se o cachorro era de algum morador do condomínio. O porteiro respondeu que “não” e, em seguida, o homem sacou uma arma e disparou duas vezes contra o animal.
Algumas mulheres ainda chegaram a gritar para que o PM não praticasse aquela barbaridade, mas ele, impávido, ignorou as súplicas, efetuou os disparos, entrou no carro e desapareceu.
A manifestação do governador e comentários:

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe do Blog do Xarope e deixe seus comentários, críticas e sugestões.