domingo, 27 de dezembro de 2020

Cruel e covarde, militar que matou a tiros cãozinho Lobo ainda não se apresentou à polícia


Ele usou uma arma cautelada pelo Estado – pistola ponto 40, utilizada por forças policiais – para matar de forma cruel e covarde um cãozinho de apenas 2 anos conhecido por Lobo, no bairro da Pedreira, em Belém, na última sexta-feira. O autor do crime, o policial militar identificado por Luiz Augusto, ainda não se apresentou à polícia e não se tem notícias de que também tenha se apresentado à Corregedoria da Polícia Militar, que já apura a conduta violenta dele.
Enquanto no sábado era realizada uma manifestação de protesto, no local do crime, a travessa Angustura com Visconde de Inhaúma, reunindo dezenas de pessoas, nas redes sociais a indignação continua, cobrando uma atitude das autoridades.
A pressão é para que o militar seja afastado da PM e expulso da corporação. No entendimento da maioria, se ele fez isso com um animal indefeso, com a arma na mão o que não será capaz de fazer contra um ser humano. Não se sabe se ele já possui na PM algum antecedente por violência, porque a corporação nada informa.
De acordo com a Polícia Civil, um advogado do policial militar informou que registrou um boletim de ocorrência referente ao caso e será apresentado à autoridade a Divisão de Meio Ambiente e Proteção Animal.
O governador Helder Barbalho, em sua conta no Instagram, foi incisivo ao dizer que o PM seria “afastado imediatamente das atividades e submetido a processo administrativo disciplinar que vai julgara permanência ou não do suspeito na corporação”. A postagem do governador recebeu aplausos de centenas de internautas.
A morte de Lobo é investigada pelos policiais civis da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), a antiga Dema, cuja equipe esteve no local após o baleamento do animal. Para o promotor de Justiça Militar, Armando Brasil, o policial militar poderá sofrer punições disciplinares e criminal e ser enquadrado na nova lei de crimes contra cães e gatos sancionada recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro. Essa nova lei prevê até cinco anos de prisão para crimes dessa natureza.
Manifestantes estiveram no local do crime, levando seus animais de estimação, e cobraram punição ao soldado da PM
Segundo Brasil, o PM pode sofrer advertência ou ser licenciado a bem da disciplina, ou seja, ser expulso da corporação. A promotoria militar fará o acompanhamento desse PAD junto à corregedoria da PM. Em nota curta, a corporação disse que o soldado seria afastado e submetido a PAD, como determinou o governador, que é o comandante-em-chefe da PM.
Diz a PM que “não compactua com qualquer conduta que fira a ética da profissão”. Testemunhas relatam que, por volta das 6h da manhã de sexta-feira, um homem desceu de um carro preto e perguntou para o porteiro do prédio, se o cachorro era de algum morador do condomínio. O porteiro respondeu que “não” e, em seguida, o homem sacou uma arma e disparou duas vezes contra o animal.
Algumas mulheres ainda chegaram a gritar para que o PM não praticasse aquela barbaridade, mas ele, impávido, ignorou as súplicas, efetuou os disparos, entrou no carro e desapareceu.
A manifestação do governador e comentários:

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