No Pará, um fotógrafo pode ter sido vitima de reinfeccção por coronavírus. Ronaldo Ferreira, de 52 anos, que reside em Santarém, no oeste do Estado, apresentou sintomas e obteve resultados positivos para a doença por duas vezes no intervalo aproximado de quatro meses. Com mais de 30 anos de carreira, o profissional atua na cobertura dos eventos da prefeitura, além de fazer parte do quadro de fotógrafos que realiza a cobertura de formaturas e casamentos na cidade.
Em julho, Ronaldo Ferreira apresentou sintomas gripais leves com dor de garganta. Foi durante o registro fotográfico de uma ação itinerante de combate a pandemia, ao relatar o que sentia para a equipe, ele pode fazer um teste rápido que apontou o primeiro diagnóstico.
Em novembro, ele voltou a sentir sintomas gripais, desta vez com maior intensidade: dor de garganta, febre, dor no corpo e sensação de cansaço. Ele realizou novos testes, incluindo o de sorologia e o resultado positivo apareceu novamente. Ronaldo precisou de acompanhamento médico, porém, não foi internado. Permaneceu em isolamento domiciliar por 14 dias e até hoje ainda sente os efeitos, sendo necessário passar pela fisioterapia pulmonar. Ele teve 30% dos pulmões comprometidos.
No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso no dia 10 de dezembro, em uma profissional da saúde de 37 anos que mora em Natal, Rio Grande do Norte, e que trabalha também na Paraíba. Em Santarém, dezenas de pacientes relataram ter sido infectados duas vezes. Em sua maioria são profissionas da área da saúde que atuam na linha de frente do combate à doença.
A nota técnica do própio ministério estabelece orientações preliminares sobre a conduta frente a um caso suspeito de reinfecção da Covid-19 no Brasil. O objetivo é identificar os casos suspeitos para proporcionar monitoramento epidemiológico e laboratorial adequados.
Segundo o documento, pode ser considerado caso suspeito de reinfecção o indivíduo com dois resultados positivos de RT-PCR em tempo real para o vírus SARS-CoV-2, com intervalo igual ou superior a 90 dias entre os dois episódios de infecção respiratória, independente da condição clínica observada nos dois episódios. Porém, a comprovação cientifica só é possivel através de um complexo estudo que envolve o rastreamento do vírus.
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