O empresário e vereador santareno Aguinaldo Promissória, 46 anos, estava sob efeito de droga sintética quando, com uma pistola calibre 9 milímetros, atirou contra a própria cabeça. É o que revela outro laudo pericial (toxicológico) realizado pela Polícia Científica do Pará. O exame foi concluído há 11 dias (dia 16) e entregue ao delegado Fábio Amaral Barbosa, que investiga o caso.
O inquérito está sob sigilo. O JC teve acesso a uma cópia do documento. O portal também revelou o laudo denominado “Levantamento de Local de Crime com Cadáver”, assinado pelos peritos Diana Moraes e Giuseppe Tandredi.
Aguinaldo morreu no dia 25 de setembro último, em Santarém (PA). Ele estava trancado na suíte de sua casa, na avenida Anysio Chaves, bairro Aeroporto Velho, junto com a namorada, Isabela Ataíde Lira.
Além de droga sintética MDA (abreviatura de metilenodioximetanfetamina), conhecida popularmente como “bala” ou ecstasy, no exame de sangue do empresário também foram detectados ingestão de pelo menos 2 medicamentos: Clonazepam e Tadalafila.
O primeiro, mais conhecido comercialmente como Rivotril, é receitado para ansiedade, distúrbio do pânico, para dormir e até contra depressão; o segundo, para disfunção erétil. O empresário, atestou ainda o laudo, ingeriu uma grande quantidade de álcool.
“Foram 5,25 decigramas de álcool etílico por litro de sangue”, informou a perita criminal Rosana Cristiane Monteiro. O exame de Isabela Lira acusou “1,94 decigramas de álcool etílico por litro de sangue”.
Pela lei que estabelece crime de trânsito para motorista embriagado, a tolerância máxima é álcool é de 0,6 decigramas por litro de sangue – ou 0,34 miligramas.
De acordo com laudo pericial do médico legista Rubens Dourado da Fonseca, Aguinaldo Promissória morreu devido “anemia aguda, por hemorragia interna e externa, por fraturas de ossos do crânio, por edema e hemorragia cerebral, por baleamento”.
Sendo que o trajeto da bala que o atingiu foi “da direita para esquerda, e de baixo para cima, de frente para traz e apresentando sinal de Puppe Werkgaertner”, ou seja, “quando o tiro é encostado, com marca da boca e mira na pele” da vítima.
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