O agente do Detran, Diógenes dos Santos Samaritano, acusado de assassinar a própria esposa, Dayse Dyana Sousa e Silva, sentará no banco dos réus e passará por júri popular, nesta terça-feira, 20, em Belém. O julgamento vai ocorrer no Fórum Criminal, no bairro da Cidade Velha, na 4ª Vara do Tribunal de Júri da capital paraense.
Diógenes é acusado de assassinar Dayse no dia 31 de março de 2019, na casa onde moravam no bairro Parque dos Carajás, em Parauapebas, no sudeste paraense. Porém, o acusado alegou inicialmente que a vítima teria se jogado da janela.
Após o levantamento da perícia, foi verificado que ela foi agredida e jogada pela janela do segundo andar da residência onde moravam. As evidências da periciam apontam que o caso se trata de um feminicídio.
O crime
Após a situação ocorrida no Shopping, a vítima foi para casa na companhia do filho na tentativa de se livrar do agressor, chegando a se esconder dele. Porém, isso não foi o suficiente para que Diógenes encontrasse ela e continuasse as agressões, presenciadas pelo filho do casal.
Em relatos de familiares da vítima detalham como pode ter ocorrido o crime baseado nas informações de laudos e perícias realizadas pela Polícia.
“De acordo com o laudo necroscópico, sofreu agressões múltiplas, compatíveis com estrangulamento, traumatismo crânio encefálico decorrente de agressão física, produzido por meio cruel, vindas de alguém bem maior e bem mais forte. Ela no chão da casa no segundo piso desacordada, nas paredes, no tapete, na escada várias marcas de sangue e objetos quebrados, depois ele a jogou da janela do segundo piso a cerca de 4 metros de altura”, relatou a irmã da vítima.
Segundo a irmã, o acusado ainda tentou forjar o suicídio da vítima.
“Ele tentou forjar um suicídio ao jogá-la da janela do segundo piso da casa, mas a casa estava toda cheia de sangue, objetos quebrados e com a central das câmeras da casa arrancada e ‘sumida’”, contou.
Outra condenação
Segundo informações, Diógenes dos Santos Samaritano já foi condenado no dia 22 de novembro de 2023, após apreender ilegalmente CNHs e documentos de veículos com pendências no Detran na tentativa de conseguir propinas.
O caso ganhou repercussão após o início das investigações sobre a morte de Dayse. A polícia realizou buscas na casa o agente e encontrou centenas de documentos. Ele foi sentenciado há 14 anos, porém, nunca foi exonerado devido recorrer da sentença.
Ela ainda contou que devido à influência do agente de trânsito, o advogado de defesa dele conseguiu mudar o local do julgamento para Belém.
“O advogado dele conseguiu retirar o julgamento de Parauapebas, pois disse que lá não teria a imparcialidade, pois foi um crime que chocou toda a região do sudeste do Pará”, disse a irmã da vítima.
Em relação ao julgamento, ela conta que a família está confiante e esperam Diógenes “pegue as penas máximas em todas as esferas”, concluiu
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