quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Bombeiros combatem fogo na Floresta da Tijuca por mais de 14 horas


Incêndio também atingiu Morro da Formiga e Parque do Grajaú.
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro passou mais de 14 horas combatendo três focos de incêndio na Floresta da Tijuca. Um dos focos foi localizado perto das torres de televisão, no alto do Sumaré. Os bombeiros conseguiram controlar o fogo e evitar que as chamas se alastrassem para os prédios das torres de rádio e TV.O fogo também atingiu o morro da Formiga, uma comunidade da Tijuca, e o Parque do Grajaú, todos na zona norte da cidade.Militares do Grajaú, da Tijuca e de Vila Isabel, além de equipes do Quartel Central, usaram helicópteros, drones, abafadores e bombas costais para auxiliar no combate às chamas. Os bombeiros informaram que, por volta das 21h20, dois focos de incêndio já tinham sido extintos.Por ser área de mata fechada e de difícil acesso, as equipes dos bombeiros tiveram dificuldades para chegar por terra aos focos de incêndio. Na última atualização, às 23h05, os bombeiros atuavam em pequenos focos de fogo no Sumaré. Havia apenas fumaça na região, por causa da vegetação rasteira, com muitas folhas e árvores menores.O Sumaré fica na Floresta da Tijuca, área de conservação ambiental no Parque Nacional da Tijuca (PNT). A vegetação predominante é a Floresta Ombrófila Densa Secundária, com mais de 1.600 espécies vegetais, sendo 433 ameaçadas de extinção. Algumas espécies que podem ser encontradas lá são o angico, a quaresmeira, embaúba, paineira, o ipê-amarelo, jequitibá, cedro, a copaíba e o pau-ferro.A terça-feira, 1º, foi um dia de muito calor no Rio, com a temperatura máxima chegando aos 40º Celsius. Desde a criação do Gabinete de Gestão de Crise para combate aos incêndios no estado, no dia 12 de setembro, o Corpo de Bombeiros já combateu 2.617 incêndios florestais.Parque Nacional
O Parque Nacional da Tijuca esclarece que o incêndio que ocorre no território das comunidades Formiga e Salgueiro (região do Morro do Sumaré, na zona norte do Rio) não afetou, até agora, a área oficial da unidade de conservação.No entanto, como protocolo preventivo, a administração do parque acionou, desde o início da tarde da última terça-feira, 1º, sua equipe de brigadistas e o 1º Grupamento de Salvamento Florestal e de Meio Ambiente (GSFMA), do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, para combaterem as chamas nessas comunidades, a fim de evitar que o fogo se alastrasse para a floresta dentro da unidade de conservação.
Foram utilizadas equipes terrestres e também aeronave ao longo do dia para tentar controlar o avanço das chamas, que seguem fora da área do parque. Para esta quarta-feira, 2, as equipes estão sendo reforçadas e continuarão a atuar para extinguir os focos de incêndio.O parque ressalta que as condições extremas do tempo estão apresentando riscos elevados e propícios aos incêndios. Neste sentido, a população pode colaborar, seja denunciando, anonimamente e pelo Linha Verde do Disque-Denúncia ( DDD 21 2253-1177 ou 0300 253 1177), as infrações ambientais, como infratores que colocam fogo em mata próxima ou dentro do parque, quem solta balão ou outras ameaças à integridade do bioma Mata Atlântica.

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