Durante as diligências foi apurado que o grupo criminoso adquiriu diversas propriedades em Monte Alegre, no estado do Pará, utilizando-as tanto para lavagem de dinheiro quanto para a possível movimentação de entorpecentes.
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Créditos : Divulgação / PF |
A Polícia Federal de Cascavel desencadeou a Operação Antigua nesta manhã de quarta-feira (9).
O objetivo é desarticular organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas, com forte atuação no estado do Pará, no Brasil e no exterior, além de vínculos e ramificações internacionais.
A investigação revelou que o grupo era responsável pela internalização de entorpecentes do Paraguai e da Bolívia, utilizando rotas estratégicas e esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro para ocultar os lucros ilícitos.
Durante as diligências foi apurado que o grupo criminoso adquiriu diversas propriedades em Monte Alegre, no estado do Pará, utilizando-as tanto para lavagem de dinheiro quanto para a possível movimentação de entorpecentes.
As propriedades foram batizadas (nomeadas) como “Fazenda Vera Cruz” e “Fazenda Vera Cruz III”, uma clara referência à Operação Vera Cruz, que desmantelou o grupo em 2012.
Segundo a PF, as fazendas estão estrategicamente localizadas próximas a cursos d’água, o que indica o uso de embarcações para o transporte de drogas.
Além disso, a organização buscava monopolizar um braço de rio estratégico, permitindo a movimentação de grandes quantidades de entorpecentes sem chamar atenção das autoridades.
MANDADOS CUMPRIDOS
A Justiça Federal de Cascavel/PR expediu um total de 54 medidas cautelares, que estão sendo cumpridas nos estados do Paraná (nas cidades de Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu e Boa Vista da Aparecida) e Pará (Monte Alegre).
São cumpridos 12 mandados de prisão preventiva, uma medida cautelar de monitoração eletrônica, 20 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de sequestro e bloqueio de bens móveis, imóveis e valores dos investigados.
Além disso, todas as propriedades vinculadas ao grupo criminoso, incluindo as 8 fazendas localizadas em Monte Alegre, estão sendo bloqueadas.
A Operação Antigua mobilizou cerca de 80 policiais com apoio do Comando de Aviação Operacional (CAOP) e do Grupo de Pronta Intervenção (GPI).
A investigação revelou que o grupo já havia sido alvo da Operação Vera Cruz, em 2012, quando seus principais membros foram presos em Cascavel/PR.
Após deixarem a prisão, os líderes retomaram as atividades ilícitas, ampliaram a estrutura criminosa e adotaram novas estratégias para ocultar os lucros do tráfico.
Durante o monitoramento, identificou-se que os investigados adquiriram ao menos oito fazendas no Pará, usadas para lavagem de dinheiro e, possivelmente, para movimentação de entorpecentes.
O grupo traficava principalmente cocaína, utilizando veículos de luxo com compartimentos ocultos (fundo falso) para transportar a droga pela fronteira do Paraguai, dificultando a detecção por parte das autoridades.
Ao chegar ao Brasil, a droga era fracionada na cidade de Cascavel/PR, um ponto estratégico no esquema da organização. De lá, os entorpecentes seguiam para diversos estados do país, principalmente para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, abastecendo outras células do crime organizado.
No Pará, os indícios apontam que a droga era internalizada pelo rio Amazonas, e que o entorpecente ingressava no Brasil a partir da Bolívia. Assim como no Paraná, a carga era fracionada em fazendas localizadas em Monte Alegre, antes de ser redistribuída para outras regiões do Brasil.
As investigações tiveram início em julho de 2023 e, ao longo das diligências, foram realizados pelo menos oito flagrantes diretamente ligados à organização criminosa, sendo cinco deles envolvendo o transporte de cocaína e os demais relacionados ao transporte de crack e maconha.
Veja o vídeo da entrevista com o Delegado Federal Robson Petter Gonçalves:
Dois integrantes do grupo encontram-se atualmente foragidos na Alemanha. A Justiça Federal de Cascavel/PR autorizou a inclusão dos alvos na difusão vermelha da Interpol (Red Notice), uma solicitação internacional para prisão. Foram realizadas diligências no país europeu, mas os investigados não foram localizados até o momento.
Esquema de lavagem de dinheiro e aquisição de fazendas
Durante as investigações, identificou-se que o grupo criminoso adquiriu diversas propriedades no estado do Pará, utilizando-as tanto para lavagem de dinheiro quanto para a possível movimentação de entorpecentes.
O esquema demonstrava tamanha audácia que duas das propriedades foram batizadas como “Fazenda Vera Cruz” e “Fazenda Vera Cruz III”, uma clara referência à Operação Vera Cruz, que desmantelou o grupo em 2012.
As fazendas estão estrategicamente localizadas próximas a cursos d’água, o que indica o uso de embarcações para o transporte de drogas. Além disso, a organização buscava monopolizar um braço de rio estratégico, permitindo a movimentação de grandes quantidades de entorpecentes sem chamar atenção das autoridades.
Mandados e bloqueio de bens
A Justiça Federal de Cascavel/PR expediu um total de 54 medidas cautelares, que estão sendo cumpridas nos estados do Paraná (nas cidades de Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu e Boa Vista da Aparecida) e Pará (Monte Alegre), incluindo:
✅ 12 mandados de prisão preventiva
✅ 1 medida cautelar de monitoração eletrônica
✅ 20 mandados de busca e apreensão
✅ 21 mandados de sequestro e bloqueio de bens móveis, imóveis e valores dos investigados
A Polícia Federal reforça seu compromisso no combate ao crime organizado e ao tráfico internacional de drogas, garantindo que seus responsáveis sejam levados à Justiça.
Fonte: Polícia Federal
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