A atuação dos clubes brasileiros na Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 transformou a competição em uma verdadeira comoção nacional.
Após a segunda rodada da fase de grupos, o Brasil lidera em desempenho entre as 20 nações participantes, com 83,33% de aproveitamento.
Nenhuma outra nação com tantos jogos disputados conseguiu aliar invencibilidade e protagonismo como os brasileiros.
O país está eufórico, dentro e fora dele.
Os grupos de WhatsApp dedicados a conversas sobre futebol não param de apitar e as torcidas locais estão num verdadeiro clima de Copa do Mundo.
Flamengo, Botafogo, Palmeiras, Fluminense, todos ostentam posições de liderança em seus grupos.
O Flamengo já está classificado para as oitavas de final com uma rodada de antecedência, após uma vitória por 2 a 0 sobre o Espérance, da Tunísia, e uma virada histórica sobre o Chelsea (3 x 1) diante de mais de 54 mil pessoas no Lincoln Financial Field, na Filadélfia, o maior público envolvendo um clube brasileiro no torneio até o momento.
O Botafogo, apesar de ter perdido ontem para o Atlético de Madrid, protagonizou um dos feitos mais comentados do Mundial até aqui ao derrotar por 1 a 0 o poderoso Paris Saint-Germain, atual campeão europeu, no emblemático Rose Bowl de Los Angeles, diante de 53,6 mil espectadores.
O resultado reforça a tese de que o futebol brasileiro voltou a competir em alto nível com as potências do Velho Continente.
Na outra ponta do mapa do torneio, Palmeiras e Fluminense começaram com empates contra Porto e Borussia Dortmund, respectivamente, mas se recuperaram com vitórias sólidas na segunda rodada.
O Palmeiras superou o Al Ahly por 2 a 0 diante de mais de 40 mil torcedores em Nova Jersey. Já o Fluminense ganhou de 4 a dois do time sul-coreano Ulsan Hyundai.
A consistência do Brasil o coloca à frente de potências tradicionais como Inglaterra (75%), Espanha (58,33%) e Portugal (41,67%). Países asiáticos e da Oceania ainda não venceram nenhum confronto.
A performance brasileira no Mundial 2025 transcende o futebol e vira um ativo estratégico para o país.
A FIFA projeta uma arrecadação de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,6 bilhões) com a edição atual, somando receitas de mídia, patrocínios e bilheteria.
O prêmio distribuído ultrapassa US$ 1 bilhão, e clubes brasileiros Flamengo, Palmeiras, Botafogo e Fluminense já acumularam mais de R$ 100 milhões cada.
Esse impacto financeiro, aliado ao alcance global do torneio, coloca o Brasil como um dos mercados mais relevantes no consumo de futebol.
A cobertura multiplataforma, os contratos de transmissão com valores recordes e a intensa participação da torcida, seja nos estádios, seja nas redes sociais, mostram a centralidade que o país volta a ocupar na cena internacional do esporte.
Entretanto, é preciso observar o impacto e efeitos colaterais das apostas esportivas, prática que vem se tornando um grande problema social no Brasil.
O engajamento nas chamadas bets tem se intensificado com a popularização de plataformas digitais e a ampla divulgação em transmissões esportivas, influenciando especialmente o público mais jovem e amplificando os riscos de vício, endividamento e desestruturação familiar, além do impacto psicológico de perdas recorrentes.
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