Neste sábado (21), durante o clássico entre Clube do Remo e Paysandu no Estádio Olímpico do Pará Jornalista Edgar Proença (Mangueirão), o Ministério Público do Estado do Pará lança a campanha “Cartão Vermelho para o Racismo”, que integra mobilização nacional na promoção do respeito e da igualdade racial nos estádios.
Haverá distribuição simbólica de cartões vermelhos ao público e participação dos jogadores em campo, reforçando que racismo é crime e não tem vez no futebol.
O Procurador-Geral de Justiça Alexandre Tourinho e o promotor de Justiça Eduardo Falesi protagonizarão o movimento para transformar os estádios em espaços de respeito, inclusão e igualdade racial, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Com o lema “Não é só falta grave, é cartão vermelho para o racismo”, a campanha prevê a distribuição simbólica de cartões vermelhos aos torcedores na entrada do estádio.
A ideia é promover uma manifestação coletiva de repúdio ao racismo, com a participação direta do público.
Em campo, os jogadores de Remo e Paysandu também se unirão à causa, entrando com faixas da campanha para reforçar a mensagem.
“Esse protocolo visa à participação de todos os atores envolvidos, como jogadores, arbitragem e torcedores, de modo que se aproveite a potência que são Clube do Remo e Paysandu.
O Ministério Público do Estado do Pará, em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, bem como a CBF e a Federação Paraense de Futebol, decidiu implementar a ação inaugural, que irá persistir e perdurar ao longo do Campeonato Brasileiro da Série B”, detalha o promotor Eduardo Falesi.
Dados do Observatório da Discriminação Racial no Futebol revelam que os casos de racismo nos estádios cresceram 444% em menos de uma década: de 25 registros em 2014, saltaram para 136 casos em 2023. Ainda segundo o levantamento, 41% dos jogadores negros brasileiros afirmam já terem sido vítimas de racismo.
Durante a Copa do Mundo de 2022, quase meio milhão de publicações com conteúdo racista foram registradas nas redes sociais, evidenciando a urgência de campanhas como esta.
Racismo é crime, conforme estabelece a Lei nº 7.716/1989, com penas que variam de dois a cinco anos de reclusão e restrições adicionais, como a proibição de frequentar eventos esportivos por até três anos.
Neste sábado, o jogo começa às 18h30, na 13ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro de Futebol.
A adesão de todos é fundamental.


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