Dos 41 deputados eleitos para a Assembleia Legislativa do Estado nestas eleições, apenas sete são mulheres: Simone Morgado (PMDB), Josefina Carmo (PMDB), Nilma Lima (PMDB), Bernadete Ten Caten (PT), Ana Cunha (PSDB), Cilene Couto (PSDB) e Luzineide Barros (PR). O número de candidatas eleitas este ano se manteve igual ao da eleição de 2006.
Os partidos tiveram que se adequar à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou o cumprimento da cota mínima de 30% das vagas das candidaturas para mulheres, como prevê a legislação eleitoral brasileira.
Para o doutor em Ciência Política Edir Vieira, a mudança sobre a participação feminina nas eleições é apenas formal, pois os partidos são forçados a implantar a cota, mas, efetivamente, a marginalização histórica da mulher na vida política a deixa fragilizada na competição eleitoral.
“As mulheres que são eleitas têm primeiro que vencer o desafio em casa, tendo que se dedicar à criação dos filhos e dar atenção ao marido. Geralmente, as que conseguem se dedicar exclusivamente para as atividades político-partidárias são as mulheres que já têm filhos adultos e são separadas dos maridos. A mulher tem uma desvantagem estrutural”.
Para Vieira, uma solução para a participação feminina a curto prazo seria a implantação de uma “lista fechada eleitoral”. “Quando os partidos escolhessem a lista de candidatos com prioridades nas eleições, deveriam fazer uma lista com o nome de um candidato e de uma candidata de forma alternada. Assim, poderíamos ter o aumento da participação feminina, representando os mais de 50% da população feminina brasileira”, ressalta.
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