Péssimas Condições da Casa de Apoio oferecem riscos às pessoas
Uma série de denúncias chegou à nossa
redação referente ao tratamento dado na Casa de Apoio a Pacientes de
Santarém, localizada em Belém do Pará. Quem vai em busca de tratamento
de saúde e se hospeda na Casa de Apoio constata a situação de abandono
do local. Durante as refeições, segundo uma fonte, estão servindo comida
à base de osso e sem nenhum tipo de tempero.
Outros problemas de ordem administrativa
também são apontados pelos pacientes, como: O uso dos mesmos banheiros
por pacientes e acompanhantes; existência de apenas dois banheiros na
casa, sendo um no primeiro e outro no segundo piso; uso dos banheiros
por crianças, jovens, mulheres e doentes; superlotação de 40 pessoas
hospedadas na casa, que conta com apenas 05 quartos e 02 banheiros,
entre outros.
De acordo com um parente de uma
paciente, recentemente essa pessoa esteve em Belém, para realizar um
procedimento médico chamado Tratamento Fora de Domicilio (TFD), no qual
foi como acompanhante. Ela conta que foi encaminhada pela Secretaria
Municipal de Saúde de Santarém (Semsa) e, ao chegar em Belém, foi para a
Casa de Apoio aos pacientes e acompanhantes que são encaminhados para
aquela cidade.
A acompanhante garante que viu muitas
coisas que lhe chamaram atenção, pelo fato de ser uma casa de apoio e
que é mantida pela Prefeitura de Santarém. “Lá o tratamento para os que
precisam usar aquela casa não e tão agradável. Os pacientes e
acompanhantes têm que usar os mesmos banheiros e não tem diferença.
Todas pessoas, tanto faz homens, mulheres e crianças usam os mesmos
banheiros, sendo que deviam usar banheiros diferentes, pois ali vão
pessoas para diferentes tipos de tratamento, mesmo a casa não sendo
adequada para comportar tantas pessoas”, denuncia a acompanhante.
Segundo ela, foi informada por hóspedes
que às vezes ficam até 40 pessoas na casa, que conta com 5 quartos e 2
banheiros, entre eles, um cômodo na parte de baixo, onde são colocados
os pacientes que ficam de recuperação ou que estão fazendo tratamento.
Já os outros 4 quartos ficam no 2° piso, onde o acesso é uma escada.
“Imagine uma pessoa que fez uma cirurgia
subir uma escada para se acomodar nos quartos de cima. Na maioria das
vezes o quarto de baixo está ocupado. Alem das tarefas da casa como
limpeza dos banheiros e da casa que são feitas pelos acompanhantes, a
comida da casa não é boa, onde de segunda a sábado fica uma funcionária
que prepara o almoço e o jantar, porém, no domingo são escalada 2
acompanhantes para fazer a refeição. “E se uma dessas acompanhantes
tiver que ir para o hospital, como e que fica a situação? Muitas vezes
presenciei e vi a carne que é feita a comida, eles compram ossada para
misturar. A maioria das vezes não tem tempero para misturar e às vezes a
comida não tem nenhum cheiro verde”, delata.
De acordo com a acompanhante, a
administradora da casa compra osso para incrementar na refeição dos
pacientes e acompanhantes. “Somos pessoas que pagamos impostos e temos o
direito de receber um tratamento digno. Pude perceber que a
coordenadora da casa não sabe administrar direito e que só está lá
porque e parente de alguém de dentro da Prefeitura”, acusa.
A acompanhante disse, ainda, que foi
informada de que a casa por ser alugada não pode ser reformada e, que o
dono não permite reformas por conta do governo não mandar recursos.
“Essa casa já vem sendo mantida por outros governos e a coisa não muda.
Queremos providências e que o senhor prefeito Alexandre Von acompanhe
mais de perto esses detalhes e problemas da saúde pública”, aponta.
Fonte: RG 15/O Impacto
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