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A polícia paulista investiga a hipótese de uma corretora imobiliária de
53 anos ter matado duas filhas na zona oeste em razão de um surto
psicótico ou por estar com dívidas, sem condições financeiras para criar
as jovens.
Mary Vieira Knorr, mãe das duas adolescentes, continuava ontem internada e presa no Hospital Universitário.
Segundo a polícia, ela admitiu para uma médica ter assassinado as filhas
Giovanna, 14, e Paola Knorr Victorazzo, 13, mas não disse qual teria
sido a sua motivação.
"A casa estava toda revirada, suja e o cachorro da família também estava
morto. Aparentemente a mãe teve um surto antes de matar as filhas, mas
ainda não podemos descartar a questão financeira também", afirmou o
delegado Olívio Gomes Lyra.
As jovens foram encontradas mortas na casa da família, no Jardim Bonfiglioli.
Paola Victorazzo foi achada morta em casa:Rep/Facebook |
Mary foi detida em flagrante. Ela acumulava dívidas de mais de R$ 50 mil
e, conforme processos judiciais, teve um veículo apreendido por falta
de pagamento.
A corretora também é investigada sob a suspeita de estelionato --quatro
boletins de ocorrência contra ela de um ano para cá a acusavam de ter se
apropriado de R$ 219 mil de clientes por falsas transações
imobiliárias.
Ex-colegas de Mary que atuam em uma imobiliária disseram que em nenhum momento ela aparentava ter problemas psiquiátricos.
Segundo a polícia, as irmãs Giovanna e Paola foram mortas por asfixia. A
dúvida é se elas foram impedidas de respirar porque foram estranguladas
ou por inalarem gás.
"Havia marcas nos pescoços das duas, mas ainda não dá para afirmar que
elas foram esganadas. Precisamos esperar os laudos", afirmou o delegado
Olívio Lyra.
A polícia só ficou sabendo do duplo homicídio na tarde de sábado porque
vizinhos acionaram a PM após sentirem forte cheiro de gás.
Quando chegaram ao local, os policiais encontraram a suspeita desmaiada
no térreo e as duas meninas mortas no andar superior, perto do corpo de
um cachorro. O botijão de gás estava com o registro totalmente aberto.
Segundo a polícia, pelo estado de decomposição dos corpos, é possível
que as adolescentes tenham morrido entre quinta e sexta passada.
Legistas elaboram um laudo para apontar o horário aproximado dos
homicídios.
Ontem, a Folha não encontrou o defensor de Mary.
Colaborou o "AGORA"
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