sábado, 16 de novembro de 2013

Eleição da Ufopa vira caso de polícia, e candidato diz que Raimundinha praticou "armação"

Por Marcos Santos

Adriana Simões que também é assessora do deputado Airton Faleiro do PT(esposo de Raimundinha), é acusada de esta infiltrados na festa do candidato Aldo Queiroz.
No último dia 1º, o blog Quarto Poder publicou uma denúncia sobre um suposto crime eleitoral praticado pela chapa do professor Aldo Queiroz, candidato a reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). Naquela ocasião, o QP veiculou matéria onde mostrou uma possível prática de abuso de poder econômico durante o lançamento da chapa ‘Orgulho de ser Ufopa’. A matéria sugeria a prática de crime eleitoral e fez menção também à entrada gratuita de simpatizantes, correligionários e convidados de Aldo e sua vice, Kátia Corrêa, à festa de adesão à candidatura de Aldo Queiroz. Esta versão foi negada no mesmo dia pelo candidato, que contou, por telefone, que todas as pessoas que prestigiaram o evento colaboraram com R$ 20,00 para ter acesso ao local, a churrascaria Pérola do Tapajós. Muitas pessoas também procuraram o blog para desmentir a informação feita na matéria e disseram que a denúncia toda pode ter sido articulada por pessoas ligadas à chapa adversária, encabeçada pelos professores Raimunda Monteiro e Anselmo Colares.
De acordo com o que apurou o blog, dois funcionários da churrascaria, teriam sido coagidos a falar que a festa toda havia sido bancada pelo candidato Aldo Queiroz. Segundo elas, assessores de Raimunda Monteiro se infiltraram entre os convidados e passaram a fazer registros fotográficos e filmagens sobre toda a movimentação no local. Essas pessoas inclusive gravaram os funcionários falando sobre a festa.
Na tarde desta quinta-feira (14), chegou à redação cópia dos boletins de ocorrência registrados pelos cidadãos Maria Naiara Azevedo da Silva e Anderson dos Santos Dias, ambos trabalham na churrascaria Pérola do Tapajós. No termo de declaração, eles contam que foram procurados por uma moça, de estatura mediana, de cor morena, cabelos lisos, usando aparelhos nos dentes, que passou a perguntar sobre o evento que ocorria naquele ambiente. Anderson, por exemplo, em seu termo de declaração prestado ao delegado da Polícia Civil, Jamil Farias Casseb, no último dia 6, disse que esta jovem o chamou para conversar em particular, no estacionamento da churrascaria. Lá, a moça teria lhe oferecido R$ 100,00 para que ele falasse quem era que estava patrocinando o evento. Neste momento, relatou ao delegado, chegou sua colega, Maria Naiara. Anderson se retirou e deixou as duas a sós. Ele não soube informar o teor da conversa entre as duas mulheres.
Por sua vez, Maria Naiara, também em seu termo de declaração à polícia, relatou que a mesma jovem, com as características narradas por seu colega, a chamou no canto e disse: “Amiga, eu sou convidada, mas quero trazer quatro amigas para cá. Pode? É que elas não são convidadas (sic)”.
A garçonete então responde que não poderia, pois se tratava de um evento fechado para 200 pessoas. Em seu relato ao delegado, Naiara contou ainda a moça lhe puxou pelo braço, se afastando do restaurante e disse: “É que essa minha amiga que quer vir pra cá. Ela não gosta do Aldo Queiroz e eu quero que ela saiba que ele tá aqui, pra ela não querer vir. Aí, eu queria que tu falasse algumas coisas pra ela ouvir no telefone, como se a gente tivesse conversando (sic)”. Após isso, a moça pediu que a garçonete repetisse que “o evento era do Aldo Queiroz e que o ambiente era fechado (sic)”. Naiara então repetiu a frase. Porém, a funcionária logo percebeu que a jovem infiltrada na festa estava gravando toda a conversa no aparelho celular furtivamente e questionou-a, tendo esta se retirado às pressas do recinto, quase correndo.
Naiara contou ainda ao delegado Jamil Farias Casseb que após perceber que poderia ter sido vítima de uma armação, procurou a dona do estabelecimento e disse que havia sido ludibriada.
O caso agora está sob investigação por parte do delegado Jamil Farias Casseb, que ainda não se pronunciou sobre este episódio.
De acordo com informações repassadas ao blog, a moça que se infiltrou na festa de lançamento da chapa de Aldo Queiroz foi identificada como sendo secretária parlamentar do deputado estadual Airton Faleiro, lotada na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), marido da candidata Raimunda Monteiro. Inclusive há fotos dela presente à festa na churrascaria Pérola do Tapajós. Trata-se da jornalista Adriana Simões, que hoje é uma das assessoras de Raimunda. No dia do evento, ela estava acompanhada por mais dois amigos, que também trabalham para a professora Raimunda. Procurada pelo blog Quarto Poder, a jornalista Adriana Simões disse que por todo o dia de hoje se pronunciará sobre as afirmações feitas pelos funcionários da churrascaria Pérola do Tapajós. Ela nega as acusações.

Um comentário:

  1. Boa tarde, solicitamos que divulgue a versão da jornalista acusada nesta matéria. segue abaixo:

    Jornalista dá sua versão sobre denúncias de crime eleitoral
    A jornalista Adriana Simões, em contato com a redação do blog Quarto Poder, encaminhou suas explicações sobre as afirmações feitas por dois funcionários de uma churrascaria que registraram boletim de ocorrência na polícia contra ela sobre possível tentativa de suborno.

    Abaixo, a íntegra das explicações da jornalista:

    O trabalho que exerço na imprensa e na condição de cidadã, me dá plena liberdade e autonomia para investigar e denunciar fatos ilícitos, como o que ocorreu na festa de lançamento da candidatura do Sr. Aldo Queiroz à Reitoria da Ufopa.

    Na tarde do dia 30 outubro de 2013, ao transitar no Campus Rondon, recebi um convite em mãos para um jantar de adesão à candidatura da chapa denominada: “Orgulho de ser UFOPA” a ser realizado na noite do mesmo dia, e observei que havia uma contradição entre o que a Chapa 1 anunciava e o que acontecia na realidade, pois se dizia que cada participante deveria pagar R$ 20,00 para adentrar à churrascaria Pérola do Tapajós, para desfrutar de um banquete ali servido pelos mesmos. Enquanto o Sr. Osmar Aguiar, que é Técnico da Universidade, falava sem pedir sigilo, que a festa era de graça e distribuía grande quantidade de convites sem cobrar nada. Foi ai que decidi convidar dois colegas e ir ao jantar para investigar se havia ou não crime eleitoral.

    Coletei provas em forma de vídeos, ao indagar a um garçom e a uma garçonete que a entrada, a comida e todos os tipos de bebidas, inclusive alcoólicas, eram de graça e bancadas financeiramente pela Chapa do Sr. Aldo Queiroz.

    A foto publicada no blog, onde apareço no interior do restaurante, demonstra que entramos e desfrutamos das comidas e bebidas sem convite ou recibo de pagamento pela entrada.

    Não procede a acusação de que tentei subornar quem quer que seja para extrair as informações de crime eleitoral. Aliás, quem acusa tem que provar. Pois aí cabe um processo movido por mim, por calúnia. Se tem alguém que precisa se explicar diante da Comissão Eleitoral e da Justiça não sou eu, e sim a Chapa “Orgulho de ser UFOPA”, encabeçada pelo Sr. Aldo Queiroz, pois investiguei e apresentei provas concretas sobre o crime eleitoral e abuso do poder econômico.

    Sobre a afirmação de que sou uma assessora parlamentar, como se isso fosse algo negativo, devo dizer que exerço sim esta função, e há algo de errado nisso?

    Errado, a meu ver, é este fato que apresento e considero no mínimo imoral:

    Veja abaixo a revogação da nomeação do Sr. Aldo Gomes Queiroz, como assessor do Governador, e a nomeação de sua esposa, para a mesma assessoria, conforme os decretos abaixo, publicados no Diário Oficial nº 30.714, de 30/06/2006.

    É de conhecimento de todos que para o pleito eleitoral de 2006, o Sr. Aldo Queiroz se candidatou a Deputado Estadual. Sabe-se, também, que para os candidatos a cargo eletivo, a lei obriga a desincompatibilização do cargo de assessor especial. Com base nisso, para não perder o seu salário, foi nomeado um laranja para receber em seu lugar.

    Diante disto, quero agradecer ao Blog Quarto Poder pelo espaço aqui cedido a mim. E me coloco a disposição para continuarmos este debate, ou se necessário, a apresentação de novos fatos em outra ocasião.
    Adriana Simões

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