Os
deputados Carlos Bordalo (PT), Airton Faleiro (PT), Alfredo Costa (PT),
Josefina Carmo (PMDB) e Edmilson Rodrigues (PSOL) solicitaram que seja
providenciada uma auditoria ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para
analisar as contas da Pró-Saúde, Organização Social que administra os
Hospitais Regionais do Baixo Amazonas, em Santarém; do Sudeste, em
Marabá; da Transamazônica, em Altamira; e o Metropolitano, em
Ananindeua.
A
decisão foi consentida pela maioria dos deputados presentes e acatada
pela presidente da Comissão de Educação, Cultura e Saúde da Assembleia
Legislativa do Pará, deputada Nilma Lima, durante reunião nesta
terça-feira, 25.03, na Alepa, que ouviu o secretário de Saúde, Hélio
Franco e o diretor geral da Pró-Saúde, Marcelo Bittencourt, sobre os
contratos com os hospitais.
A
audiência foi requerida pelo deputado Carlos Bordalo, mediante
acusações veiculadas na mídia de que a OS, mesmo não cumprindo metas,
ainda estaria recebendo cifras altíssimas do Governo Jatene, para
administrar os 4 Hospitais Regionais.
Para
Bordalo, o mais vantajoso seria investir na atenção básica de saúde ao
invés de “despendermos milhões do erário público à Pró- Saúde para gerir
hospitais de alta e média complexidade, sem explicar se está cumprindo
as metas.
Precarização do Trabalho
De
acordo com o deputado Zé Francisco (PMN), que também atua como
sindicalista na área da saúde, mas licenciado, a organização, além de
não cumprir a Convenção Coletiva do Trabalho, precariza as condições dos
servidores da saúde. “São desrespeitos que vão desde o não pagamento de
insalubridade, adicional noturno, hora-extra e periculosidade”,
denunciou o parlamentar.
De
acordo com o diretor operacional da Pró Saúde, Marcelo Bittencourt,
todos os Hospitais Regionais prestam contas mensalmente e são
fiscalizados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O
secretário de Estado de Saúde Pública, Hélio Franco, enfatizou que o
Estado não tem como contratar pessoal e que as organizações sociais são,
no momento, a única forma de colocar hospitais desse porte para
funcionar.
Participaram
ainda da reunião, o coordenador do Grupo Técnico dos Hospitais
Regionais da Sespa, Arthur Lobo, e o diretor operacional da Organização
Social Pró Saúde, Marcelo Bittencourt; o diretor do Hospital
Metropolitano de Urgência e Emergência, Rogério Kuntz; o diretor do
Hospital Galileu, Paulo Czrnhak; o assessor da Sespa, Fernando
Escudeiro; o assessor jurídico da Pró Saúde, Ricardo Salvador; além de
representantes da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB), do
Conselho Regional de Farmácia (CRF), Sindicatos dos Médicos do Estado
(Sindmepa), Conselho Regional de Medicina (CRM) e do Ministério Público.
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