Enquanto o inquérito se arrasta há mais de uma década, correndo o risco de prescrição, o governador Simão Jatene, livre da punição, mantém a tradição de dar isenção fiscal aos empresários que são “generosos” em suas campanhas políticas.
O DIÁRIO mostrou, na última semana, que 37 empresas agraciadas pelo programa de isenção fiscal do governo Jatene. Muitas delas financiaram as campanhas eleitorais tucanas em 2010 e 2014.
Essas empresas vão completar 30 anos sem pagar Imposto sobre Circulação de Mercadoria, ICMS, ao Estado, sendo 15 anos na primeira fase do programa e mais 15, com a recente prorrogação do plano.
O esquema usado nesta isenção, concedida há pouco mais de uma semana, foi a mesma que o então governador tucano Almir Gabriel usou em 2000, quando presenteou a cervejaria com o perdão de dívidas de recolhimento do ICMS em valores que chegam a quase R$ 47 milhões. A empresa já havia sido autuada por fraude e sonegação.
Em contrapartida ao perdão, a empresa, segundo o Ministério Público Federal (MPF), contribuiu com R$ 4 milhões para a campanha de Simão Jatene, sucessor de Almir em 2002. Em retribuição ao “agrado” feito pelo governador tucano, a cervejaria se comprometeu a efetuar outros pagamentos no montante de R$ 12,5 milhões a Jatene e ao seu ex-secretário e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Sérgio Leão.
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