O réu Arivaldo Siqueira da Silva foi condenado pelo 2o. Tribunal do júri do Fórum Criminal de Belém nesta quarta-feira (27), a 30 anos de reclusão em regime fechado, pelo assassinato na sua esposa Lucileia do Socorro Brandão Siqueira morta em abril de 2008 com um tiro na testa. O policial foi julgado após 11 anos em que o crime aconteceu.
Durante o julgamento, o defensor público sustentou a versão de que houve imprudência do policial no manuseio da arma e desclassifica o crime para culposo, onde a pena ficaria menor. A promotoria afirmou que o crime poderia ter sido evitado e reforça que Arivaldo Siqueira era policial e bebia portando arma de fogo, no momento do crime. Além disso, o disparo atingiu na testa a vítima, que morreu na hora, sem possibilidade de reação.
Em depoimento, o réu afirmou que o relacionamento sempre foi tumultuado e que, antes do crime, estava consumindo álcool com a esposa. Ele disse ainda que a esposa era uma boa pessoa, mas ficava agressiva quando bebia.
O casal viva junto há vários anos e tinham três filhos. Apesar de se tratar de um caso de violência doméstica, como o crime ocorreu antes da lei que prevê o Feminicídio pelo Código Penal ser promulgada, Arivaldo é acusado de homicídio qualificado, pois, o assassinato teria ocorrido por motivo fútil e de forma que dificultou a defesa da vítima.
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