O agente do Detran em Parauapebas, Diógenes dos Santos Samaritano, acusado de matar a mulher no ano passado, vai continuar preso preventivamente por decisão da seção de direito penal do Tribunal de Justiça do Pará.
A defesa do acusado de feminicídio requereu a liberdade do réu alegando que ele integra o grupo de risco referente à Covid-19, por ser portador de bronquite asmática, porém, não juntou aos autos documentos devidamente assinados por médico comprovando testagem positiva.
A relatora do processo, desembargadora Maria Edwiges Lobato, ressaltou não haver constrangimento ao réu, fundamentando seu voto em julgados do Superior Tribunal de Justiça.
De acordo com o processo, o Ministério Público denunciou o réu, que é agente do Detran em Parauapebas, pela morte de sua ex-esposa, Dayse Dyana Souza e Silva.
Na ocasião da morte da mulher, Diógenes afirmou que a vítima teria cometido suicídio ao se atirar pela janela de sua residência, mas a Polícia Civil e o Ministério Público, com base nos laudos, descartaram essa hipótese.
Foi apurado que o apartamento ficava no segundo andar, não somando mais do que quatro metros de altura, além do que a posição do corpo levantava dúvidas sobre o suposto suicídio.
Ainda conforme a denúncia, uma testemunha afirmou que, na véspera do crime, ocorrido no dia 31 de março de 2019, Diógenes teria agredido a vítima em um shopping. Ainda na véspera do feminicídio, foi publicada sentença judicial condenando o acusado por crimes de lesão corporal e ameaça no âmbito da violência doméstica e familiar, praticados contra Dayse.
O acusado foi preso em flagrante, sendo encontrada em seu veículo malas com seus pertences e pertences do filho do casal, o que sugeriria, conforme o MP, que o réu estava se preparando para fugir.
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