Nesta quarta-feira, 27, um tribunal da junta militar de Mianmar condenou a líder civil Aung San Suu Kyi a cinco anos de prisão por corrupção, um dos 18 processos que ela responde e podem deixá-la na cadeia por várias décadas.
A líder de 76 anos e que foi vencedora do Nobel da Paz de 1991 já havia sido condenada a seis anos de prisão pelas acusações de incitação contra os militares, violação das regras contra covid-19 e desrespeito a uma lei de telecomunicações, mas deve permanecer em prisão domiciliar enquanto enfrenta outros processos. No caso de hoje, Aung San Suu Kyi foi acusada de aceitar suborno de 600.000 dólares e lingotes de ouro.
Depois de vários dias de atraso no anúncio da sentença, um tribunal especial da capital construída pela ditadura militar, Naipyidaw, divulgou a decisão final e a sentença na manhã desta quarta-feira. Também foi acrescentado que não se sabe se ela pretende recorrer, mas seus advogados estão proibidos de dar entrevistas.
Suu Kyi é alvo e uma ampla série de acusações, que incluem violação da lei de sigilo, corrupção e fraude eleitoral, entre outras, que ao todo podem somar mais de 100 anos de prisão.
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