Mas chama atenção o fato de a doença estar aparecendo em países onde não ocorria até agora, e a OMS realizou na sexta-feira uma reunião de emergência para tratar do assunto.
Partícula do vírus da varíola do macaco; OMS detectou cerca de 80 casos em 12 países — Foto: BBC Brasil
A varíola dos macacos foi confirmada, até o momento, em 80 pacientes em ao menos 12 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Outros 50 casos estão sob investigação, e a OMS acredita que novas notificações devem surgir nos próximos dias.
A doença rara e pouco conhecida, até recentemente restrita a regiões remotas da África Ocidental e Central, foi identificada em nove países europeus (Reino Unido, Espanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália e Suécia), além de EUA, Canadá e Austrália.
O Brasil não tem registro da doença ainda, mas o vírus foi identificado em um brasileiro de 26 anos na Alemanha, vindo de Portugal, após passar pela Espanha.
Trata-se de uma rara infecção viral que geralmente se manifesta de forma leve – e a maioria dos pacientes se recupera em algumas semanas, segundo dados do NHS, o sistema de saúde britânico.
Até o momento a varíola dos macacos não causa motivo para um alarme semelhante ao que foi dado com a chegada do novo coronavírus, no início de 2020 – até porque não se espalha tão facilmente e o risco de contaminação geral é apontado, por enquanto, como baixo.
Além disso, embora não haja uma vacina específica para esse vírus, a vacina contra a varíola tem alta eficácia, de 85%, porque os dois vírus são bastante parecidos.
Varíola dos macacos causa coceira dolorida, que provoca lesões, mas a tendência é de que o quadro seja leve e acabe em poucas semanas — Foto: BBC Brasil
Em comunicado, a organização afirmou que o quadro atual é “atípico, porque (a doença) está ocorrendo em países onde ela não é endêmica”, e que vai ajudar os países afetados no monitoramento dos casos.
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