No último dia 16 de agosto, a promotora Renata Fonseca de Campos requereu à justiça o arquivamento do inquérito que foi instaurado para investigar o assalto ao caminhão que transportava uma carga dos Correios do município de Santarém para a cidade de Itaituba, havia cerca de dois anos.
O assalto ocorreu na manhã do dia 29 de janeiro de 2021, no Km 108 da rodovia federal Br-163, em Belterra, quando o motorista Gerson Oliveira Dias e o ajudante dele, Edcassio Santos Sousa, ambos contratados por uma empresa terceirizada dos Correios para fazer o transporte de cargas de Santarém para Itaituba, foram vítimas de dois assaltantes.
No despacho, a promotora Renata Fonseca de Campos sustenta seu pedido.
“Após a realização das diligências requeridas, não existem testemunhas ou provas que possam identificar os autores do roubo, não havendo lastro probatório mínimo a ensejar a acusação penal. Posto isso, o MP requer o arquivamento do presente caso, sem prejuízo de reabertura caso surjam novas provas”.
Esse assalto ocorreu há quase dois anos. Após várias diligências e depoimento das vítimas e donos dos objetos transportados, ninguém foi indiciado pela autoria do crime.
Quando chegou à altura do Km 108 da BR-163, o veículo foi abordado por dois indivíduos em uma motocicleta, armados. Os criminosos anunciaram o assalto e levaram Edcassio e Gerson junto com o caminhão para uma zona de mata em um ramal e longe da estrada.
Os bandidos subtraíram parte da carga e abandonaram outros itens no local do roubo. A dupla fugiu em carro deixando para trás, por exemplo, duas armas de fogo, lunetas de armas e diversos outros objetos.
O caminhão alvo dos bandidos, um Mercedes Benz L1620, de cor vermelha, e placas GSE 0245, está licenciado em nome de Manoel Borges. O veículo pertence à Transportadora ‘Bartofil’. Em depoimento à polícia, o motorista Gerson Oliveira Dias e o ajudante Edcassio Santos Sousa não souberam dar detalhes das características físicas dos assaltantes, pois, segundo eles, ambos usavam máscaras e capacete.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil do município de Belterra, no oeste do Pará. Mas, segundo constam nos autos do processo, as investigações e diligências ficaram paralisadas por mais de 100 dias sem conclusão da autoridade policial. Esta semana, o corregedor da Policia Civil abriu investigação para apurar responsabilidade dos policiais pelo atraso e interrupção das investigações.
No último dia 7 de junho, o Ministério Público do Pará pediu que novas diligências fossem realizadas e, na oportunidade, informou à Justiça que comunicou a 3ª Promotoria de Justiça para que adotasse as providências em razão do controle externo da atividade policial.
Já no dia 08 de junho também deste ano, o juiz de Direito, David Weber Aguiar Costa, substituto respondendo pela 1ª Vara Criminal da comarca de Santarém, determinou o retorno do inquérito à autoridade policial para cumprimento da diligência requerida pelo MP e deu prazo de 30 dias para o cumprimento do caso.
Um mês após essa determinação, o delegado Edjalmo Nogueira Diogenes Nunes, da Polícia Civil de Belterra, informou ao juiz o encaminhamento das diligências solicitadas pelo MP.
A polícia ouviu novamente o motorista e seu ajudante, além da senhora Mariluz Sousa do Carmo, representante legal da empresa DJM Pereira EPP, responsável pelo transporte. A mulher contou que a empresa foi alvo de um roubo em 12 de agosto de 2020. Também foi ouvido Pedro Pereira, auxiliar administrativo da empresa, que afirmou que a carga não tinha seguro.
No último dia 16 de agosto, a promotora Renata Fonseca de Campos pediu à justiça o arquivamento do caso.
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