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Encapetados

Índios Mundurukus viram o cavalo de pau em Jacareacanga

Cinquenta e quatro policiais militares e uma equipe da Polícia Civil saíram em comboio de Belém, na noite de ontem (3), para reforçar a segurança na cidade de Jacareacanga, oeste do estado, onde o quartel da polícia militar foi invadido, saqueado e incendiado por um grupo de 50 índios Munduruku na noite da última segunda-feira (2).

O motivo da invasão seria o assassinato, há 15 dias, do índigena Munduruku Lelo Akay, morto a facadas e pauladas durante assalto por dois homens que chegaram a ser presos, mas foram soltos pelos militares. Quatro pessoas são suspeitas do crime. Akay levava consigo algumas pepitas de ouro, que foram roubadas pelos criminosos.

Os índios continuam nas ruas de Jacareacanga prometendo incendiar bares suspeitos de venda de drogas.  

Jacareacanga é uma cidade com 37 mil habitantes e não possui delegacia de polícia a mais próxima fica na cidade de Itaituba. De acordo com o delegado Silvio Maués, diretor de polícia do interior o efetivo deslocado é de um delegado, um escrivão, dois investigadores, além dos policiais.

As aulas nas e

scolas de Jacareacanga estão suspensas e o comércio está fechado. Representantes da Secretaria de Segurança Pública e da Fundação Nacional do Índio (Funai) entrarão em negociação com os índios. Os Munduruku, temidos pelo espírito guerreiro, têm forte presença na vida social e econômica de Jacareacanga, com 37 mil habitantes. Dos nove vereadores da cidade, quatro são índios. O vice-prefeito também pertence à etnia. Cerca de seis mil índios vivem na região.