domingo, 18 de novembro de 2012

Caminho da ilegalidade

915 toras de madeira ilegal no rio Curuatinga, é apreendida pelo Ibama 

Agentes ambientais chegaram de helicóptero em uma área isolada na floresta, e flagraram os madeireiros em atividade


Madeira ilegal
O Ibama desarticulou uma grande exploração ilegal de madeira, esta semana, às margens do rio Curuatinga, a cerca de 150 km de Santarém, no Oeste do Pará. Os agentes ambientais chegaram de helicóptero ao local, uma área isolada na floresta, e flagraram os madeireiros em atividade à luz do dia.
Na ação, o instituto apreendeu 915 toras de madeira de alto valor econômico — como maçaranduba, ipê e jatobá —, dois tratores e um caminhão. Uma balsa com 70 toras também foi detida quando já estava carregada para subir o rio e abastecer empresas na capital do estado.
A região do rio Curuatinga, segundo o Ibama, atrai extratores ilegais de Santarém, Prainha, Uruará e Medicilândia em razão do escoamento fácil do produto florestal pelo rio Amazonas até Belém, de onde as madeiras mais nobres são exportadas para Europa e EUA.
“É uma região extensa, com acesso difícil por meio terrestre, mas são as madeireiras da capital que financiam o crime ambiental aqui”, explica o chefe da Fiscalização do Ibama em Santarém, Tiago Jara, que coordenou a ação. Segundo ele, após sair da floresta, a madeira recebe documentos fraudados (Guias Florestais) e já chega “esquentada” no pátio das empresas.
Na área da extração ilegal, o Ibama localizou vários pátios de estocagem espalhados na mata ciliar. De acordo com o chefe da Fiscalização, as margens do Curuatinga serão monitoradas de helicóptero até a retirada das toras apreendidas. A madeira será aplicada em obras sociais, após a conclusão do processo de doação no Ibama.

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