segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Papão põe Leão no bolso e agora lidera parazão

Bastou a bola rolar para a equipe do Paysandu mostrar pegada e faro de gol. Remo não teve força de reação.

Bicolores extravasam e azulinos saem insatisfeitos (Foto: Mário Quadros/Diário do Pará)O Paysandu, em campo, concordou com as declarações dos jogadores do Remo durante a semana, de que no clássico não havia favorito. Partiu para cima do adversário, que estava na liderança do Campeonato Paraense, fez dois gols no primeiro tempo, administrou o período final e pegou de volta a liderança do torneio estadual.
Até ontem, antes do jogo no Mangueirão, o time azulino poderia até parecer favorito, pois estava invicto, após quatro rodadas, e vinha embalado pela liderança na competição, além de chegar ao primeiro clássico da temporada sem desfalques.
No entanto, a postura do Paysandu, mesmo sem sua estrela Pikachu, foi de quem não vê o Parazão como prioridade no ano, mas também não o despreza. Sem pressão, sim, mas totalmente ligado no jogo. A tranquilidade somada à pegada e boa estratégia deu resultado logo. O Papão só precisou de 16 minutos de jogo para mostrar que a equipe pode fazer bons jogos e evoluir. A vitória do Papão, por 2 a 1, foi uma promessa à torcida, que andava desconfiada, e uma lição ao Remo, que apostava muito em suas contratações supostamente superiores às do rival.

O merecimento bicolor se deve também ao trabalho do seu treinador: o técnico Mazola Júnior, que vinha sendo criticado por não repetir a mesma escalação. Porque, quando a bola rolou, o treinador mostrou que soube motivar o elenco bicolor e que estudou muito bem o adversário. O time do Paysandu ainda está em fase de formação. Durante a semana, o treinador teve dificuldades para escalar os 11 titulares. Mas a equipe foi aguerrida até o fim. Marcou forte e jogou em velocidade com a bola nos pés, explorando os contra-ataques e as "avenidas" abertas nas costas dos laterais remistas.
O volante Djalma (substituto improvisado de Pikachu), o lateral Airton, o meia Héverton e o atacante Héliton foram os responsáveis por executar o plano do comandante alviceleste. No primeiro gol, Djalma passou fácil por Alex Ruan e cruzou para Héverton. O zagueiro remista Rogélio tentou interceptar a bola, mas acabou desviando para a própria meta com a sola do pé, matando qualquer chance de defesa do goleiro Fabiano. No segundo gol, cuja jogada também surgiu nas costas de Alex Ruan, o velocista Héliton, mesmo desequilibrado, lançou Lima na área. O atacante contou com a desatenção do mesmo Rogélio, e dominou com o peito antes de tocar na saída de Fabiano. Papão 2 a 0.
O Remo, por sua vez, foi um time apático no primeiro tempo. A impressão que ficou é de que a equipe azulina não se preparou bem para o jogo. Mais uma vez, a presença de Athos ao lado de Eduardo Ramos deixou o meio de campo remista sem poder de marcação e com muita lentidão na criação, o que facilitou o sistema defensivo do Paysandu, que anulou bem as investidas do Leão. Além disso, a falta de atenção na marcação pelas laterais, especialmente sobre Héliton e Héverton, contribuiu para deixar Charles Guerreiro em situação delicada. O nome do treinador, que já não era unanimidade no Baenão, agora está seriamente ameaçado.
O time melhorou após a saída de Athos e a entrada Zé Soares, que deu mais velocidade ao ataque e marcou um belo gol logo no início do segundo tempo. Mas a entrada do atacante foi puro desespero, e o treinador ficou com poucas opções para mexer no time no segundo tempo. E mesmo com mais atitude e presença ofensiva, o time remista não conseguiu aproveitar as chances criadas, esbarrando nas defesas do goleiro Matheus - outro destaque do clássico - ou nos próprios erros de finalização, como nas bolas de Ratinho e Val Barreto no fim do jogo. No geral, por se tratar de um início de temporada, quando os times ainda estão em formação, o Re x Pa agradou.

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