A Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público, contando com o apoio do GAECO (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), na manhã de hoje (28/09/2017), deflagrou a segunda Fase da Operação Perfuga, denominada “O legado”, em virtude de que condutas criminosas perpetradas pela administração da Casa Legislativa no Biênio 2015/2016, terem se estendido à atual gestão.
Até o presente momento, apurou-se que uma servidora pública lotada na Câmara Municipal, vinculada ao Gabinete da Presidência da Casa, encontrava-se cumprindo expediente no escritório do PMDB, localizado na Avenida Presidente Vargas, entre Silvino Pinto e Moraes Sarmento, bairro Santa Clara, e somente após a primeira fase da operação “Perfuga”, tal servidora passou a cumprir expediente na Câmara dos Vereadores, com lotação na Estrutura Administrativa/Gabinete da Presidência.
Assim, tem-se que referida servidora encontrava-se prestando serviços em atividade alheia ao interesse público, com salário custeado pelo erário, fato que, em tese, caracteriza o crime de peculato.
Além do cumprimento de Mandado de Busca e Apreensão de documentos, realiza-se vistoria técnica para verificação das lotações de todos os servidores da Casa Legislativa, visto que durante as investigações, emergiram evidências no sentido de que o número de servidores lotados na casa seria incompatível com a estrutura física da Câmara dos Vereadores.
Outrossim, a vistoria técnica visa impedir a manipulação e adulteração de informações relativas à lotação de servidores, considerando que, outrora ocorreu informação de lotação que não condizia com a realidade.
A Polícia Civil e o Ministério Público continuarão envidando esforços para que todas as práticas de corrupção ou desvio de dinheiro público sejam combatidas de forma implacável.