Cento e cinquenta candidatos aprovados na primeira etapa do concurso público da Polícia Civil para o cargo de delegado iniciaram, na sexta-feira, 10, o Curso de Formação na sede do Instituto de Ensino de Segurança do Pará (Iesp), em Marituba, na região metropolitana de Belém.
Coordenado pela Academia de Polícia Civil (Acadepol), o curso é a última etapa do certame que visa formar, até o primeiro semestre de 2018, novos policiais civis para atuar nos municípios paraenses. Outros 500 candidatos aos cargos de escrivão, investigador e papiloscopista, já estão no curso de formação na Acadepol desde agosto.
O primeiro dia contou com as palestras do delegado-geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, e do secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Jeannot Jansen.
O curso de formação tem duração de quatro meses e é eliminatório. A previsão de encerramento é em março de 2018. Entre as disciplinas do curso estão: investigação policial moderna, inteligência policial, mediação de conflitos, Direitos Humanos, qualidade no atendimento ao público, relacionamento com a imprensa e mídias sociais, entre outras. A programação tem à frente a delegada Marlise Tourão, diretora da Acadepol.
Nas ruas – A previsão é que ainda no primeiro semestre de 2018, o Pará passe a ter 650 policiais civis novos, o que vai representar uma considerável renovação nos quadros de policiais civis no Estado. “Um terço do total de policiais terá menos de 5 anos de Polícia. Já no cargo de delegado, a renovação será de 50% do total de profissionais da área”, ressalta o delegado-geral.
Rilmar Firmino apresentou aos alunos o funcionamento da instituição e as unidades que formam a corporação, que completou 141 anos de existência em 2017. Ao destacar os avanços na Segurança Pública nos últimos anos, o delegado-geral enfatizou as reformas e construções de Unidades Policiais em todo Estado, o que contribuiu para a melhoria da estrutura das Unidades Policiais do Estado.
Ele destacou, entre as novas unidades, a Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), inaugurada no ano passado, e que já apreendeu mais de uma tonelada de drogas. Além do trabalho do Pro Paz Mulher em Belém, considerado referência nacional no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e onde elas recebem todos os atendimentos necessários no mesmo local, como atendimento na Delegacia da Mulher, atendimento psicológico, Assistência Social, perícia, atendimento médico, assistência jurídica pela Defensoria Pública, entre outros.
Para o secretário Jeannot Jansen, a maior qualidade que um servidor público precisa ter é a dedicação, o compromisso de servir à sociedade. “Vamos dar a vocês a autoridade da força coercitiva do Estado. Assim, é obrigação da Academia de Polícia procurar o limite de cada um. Vocês precisarão ter a capacidade de dominar as emoções”, salientou.
Os amigos paranaenses Thiago Muravski, 27 anos, e Juliano Corrêa, 30, estudaram juntos para disputar o concurso. Eles contam que focaram as atenções para ir atrás do sonho de se tornarem delegados de Polícia. “Cheguei a me inscrever no concurso da Polícia Civil de Goiás, fiz a prova, mas não fui aprovado. Quando veio o concurso da Polícia Civil do Pará, fiz a inscrição”, explica Thiago.
O brasiliense Théo Reis Schuler, 30 anos, conta que viu no concurso da Polícia Civil para o cargo de delegado uma oportunidade de seguir a carreira policial que tanto almeja. “Já cheguei a percorrer alguns municípios paraenses, como Salvaterra, por exemplo. E sempre procurava ir à Delegacia para conhecer”, detalha.
A paraense Maria Julia Almeida da Silva, 33, sempre sonhou em ser delegada e, por isso, optou pelo curso de Direito. Há cinco anos, ela passou no concurso de agente da Polícia Federal no Pará e, desde então, trabalhava na Unidade da PF em Santarém, até abrir o edital para o concurso da Polícia Civil. “Foi então que decidi me inscrever visando a carreira de policial civil”, ressalta a candidata, que vê com muita expectativa o curso de formação.
Fonte: Ascom/PC
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