A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) estima que as exportações de carne bovina brasileira para a China deverão ser retomadas até o fim de março.
Informação é do presidente da associação, Antônio Jorge Camardelli, em entrevista à CNN neste domingo (5). “Expectativa é que, na presença do presidente Lula, a gente tenha a parte técnica sedimentada e isso faça parte do entendimento político para reverter o cenário até o final do mês”, explicou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem viagem marcada à China para o final de março. Irá acompanhado por 3 comitivas: a do governo, a de congressistas e a de empresários. A reunião com seu homólogo chinês, Xi Jinping, está marcada para 28 de março.
Um dos pontos principais da visita será investimentos em economia verde. Temas como agricultura de baixo carbono, mobilidade elétrica, mercado de carbono, finanças verdes e transmissão de energia deverão estar em pauta, segundo a diretora-executiva do CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China), Claudia Trevisan.
Vaca louca
Em 23 de fevereiro, Ministério da Agricultura e Pecuária suspendeu voluntariamente as exportações para a China, pouco depois de a Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Pará) confirmar um caso positivo para a EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina). A doença é popularmente chamada de “mal da vaca louca.
A interrupção é uma medida padrão, em cumprimento a um protocolo sanitário bilateral entre o Brasil e China. A exportação também foi suspensão temporariamente para a Tailândia, Irã, Jordânia e Rússia.
Segundo nota divulgada pelo ministério na noite de 5ª feira (2), a Organização Mundial de Saúde Animal confirmou que o caso no Pará é atípico. Isso significa que a doença surgiu espontaneamente na natureza e não tem risco de disseminação nos rebanhos e em humanos.
No comunicado, o governo também informou que marcará uma reunião virtual com a China para tratar da retirada do embargo sobre a exportação da carne bovina ao país.
Fazenda em Marabá
A contaminação pelo “mal da vaca louca” foi comunicada pela Adepará no último dia 22. Segundo a agência, a infecção foi identificada em um boi de 9 anos, de uma pequena propriedade no sudoeste de Marabá (PA), com 160 cabeças de gado. A fazenda foi inspecionada e isolada. O animal contaminado foi enviado para análise em um laboratório em Alberta, no Canadá.
A última vez que o Brasil registrou casos de “mal da vaca louca” foi em setembro de 2021: em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG). Esse é o 6º caso em mais de 23 anos de vigilância para a doença.
Com informações do portal Poder360
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