terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Aumento das chuvas na região oeste do Pará reduz focos de incêndios

Chuvas fortes dissipam nuvem de fumaça no oeste do Pará, após semanas de crise ambiental e impacto na saúde pública.

Aumento das chuvas na região oeste do Pará reduz focos de incêndio .
Na última semana, a região oeste do Pará foi coberta por uma espessa nuvem de fumaça, a ponto de ocultar o sol durante o dia. A situação crítica levou os governos estadual e federal a adotarem medidas emergenciais para conter o avanço das queimadas, incluindo o Decreto nº 4.151, de 27 de agosto de 2024, que declarou situação de emergência ambiental e proibiu qualquer permissão, autorização ou uso de fogo em todo o estado do Pará, inclusive para limpeza e manejo de áreas.
Cidades como Altamira, Santarém, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu foram as mais afetadas pela fumaça, que prejudicou significativamente a qualidade do ar e reduziu drasticamente a visibilidade. O cenário evidenciou a violação do decreto estadual que proíbe o uso de fogo para práticas como limpeza de áreas, derrubadas e atividades agrícolas.
Nos últimos três dias, no entanto, chuvas fortes foram registradas na região, dissipando a cortina de fumaça e reduzindo consideravelmente o número de focos de incêndio. De acordo com novas imagens do site da NASA, o início desta semana, 9, já mostra uma nítida diminuição dos pontos de calor, resultado da intervenção natural.
Apesar das ações, as medidas não surtiram o efeito esperado. 
O ápice dos focos de incêndio foi registrado no dia 30 de novembro. Imagens de satélite obtidas no site da NASA (Agência Espacial Norte-Americana) revelaram milhares de pontos vermelhos, representando focos de calor, um problema que transcende o ambiental, afetando também a saúde pública e a segurança, inclusive para a navegação na região.
Imagens de Satélite revelaram no dia 30 de novembro milhares de pontos vermelhos representando focos de calor . crédito : reprodução | Nasa Agência Espacial Norte - Americana .
O norte do Brasil possui um regime de chuvas distinto do restante do país. O chamado “inverno amazônico” marca o início do período hidrológico, que se estende do final do ano até março. Esse ciclo provoca a inundação de planícies e a cheia de importantes rios, como o Xingu, o Tapajós e o majestoso Amazonas. Esse fenômeno é essencial para a manutenção da biodiversidade local, uma riqueza sensível e constantemente ameaçada pela ação humana.
(As novas imagens do site da Nasa , o início desta semana ,09,já mostra uma nitída diminuição dos pontos de calor ) Crédito reprodução Nasa Agência Espacial Norte - Americana . 

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