A vítima relatou que teme sair de casa, inclusive para levar seu filho à escola.
Caso de Perseguição e Controle foi registrado na Delegacia de Monte Alegre . |
Um caso de perseguição e controle foi registrado em Monte Alegre, no oeste do Pará. Uma mulher relatou ter sua privacidade invadida pelo ex-companheiro, que não aceitou o fim do relacionamento e passou a monitorá-la.
O caso
O casal esteve junto por mais de seis anos, morando no estado do Mato Grosso. Após o término, a vítima retornou para Monte Alegre com seu filho. O ex-companheiro, que permaneceu no Mato Grosso, começou a adotar medidas invasivas, incluindo a instalação de câmeras de vigilância em frente à casa da mulher, sem o consentimento dela. Além disso, ele contratou terceiros para segui-la pelas ruas, sob o pretexto de garantir a fidelidade da vítima.
De acordo com o depoimento da mulher, esses terceiros recebiam fotos dela para reconhecê-la e monitorar seus passos. “Eu tenho a imagem da pessoa que me segue, que anda com foto minha. Essa pessoa falou para uma amiga minha que está ganhando bem para vigiar uma mulher. Ele também divulgou imagens minhas e colocou uma câmera numa árvore em frente à minha casa para monitorar a hora que eu saio e chego. Eu não aguento mais”, desabafou a vítima.
A vítima relatou que teme sair de casa, inclusive para levar seu filho à escola. O medo é intensificado pelas ameaças de que o ex-companheiro estaria vindo do Mato Grosso para confrontá-la pessoalmente. Diante da gravidade da situação, ela procurou a Polícia Civil de Monte Alegre para denunciar os fatos e solicitar proteção.
O delegado Wellington Kennedy, responsável pelo caso, informou que um inquérito foi instaurado para apurar os crimes de ameaça e stalking. Ele ressaltou que medidas protetivas de urgência serão adotadas para resguardar a vítima.
“Se ele quebrar essas medidas, será preso em flagrante. A sociedade precisa entender que um relacionamento só existe quando ambos desejam, e é fundamental respeitar o direito de cada um de terminar”, enfatizou o delegado.O delegado também aproveitou para encorajar mulheres que enfrentam situações semelhantes a buscarem ajuda imediatamente. “É importante procurar a delegacia mais próxima e denunciar, garantindo sua segurança e o respeito aos seus direitos.”
A Polícia Civil continua investigando o caso em Monte Alegre.
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