segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Entra ano e sai ano, Equatorial culpa chuvas por apagão e pisca-pisca em Santarém e Belterra

Justificativa para constantes e frequentes desligamentos no fornecimento da energia elétrica está desconectada da realidade e provoca curto-circuito no bolso e conforto dos consumidores
No ano passado, a partir de março, uma série de apagões não justificados foi registrada em diversos bairros, gerando indignação entre os moradores.
Quem nunca passou pela situação de estar em casa, de repente sentir as primeiras gotas de chuva, e logo após, um apagão interromper a rotina? Esse tipo de evento tem se tornado cada vez mais frequente em Santarém, no oeste do Pará, especialmente durante a estação chuvosa. 
Na noite do último sábado (4), mais uma vez, a população enfrentou um grande transtorno: a falta de energia elétrica.
Essa não é a primeira vez que Santarém enfrenta quedas de energia durante o período chuvoso. 
No ano passado, a partir de março, uma série de apagões não justificados foi registrada em diversos bairros, gerando indignação entre os moradores.
A falta de informações claras sobre os motivos desses apagões intensificou a insatisfação da população, que frequentemente se vê à mercê de fenômenos naturais e da infraestrutura elétrica da região, que parece não estar preparada para os desafios climáticos.
A forte chuva que caiu sobre a região no último fim de semana foi responsável por mais um apagão, que afetou não só a população, mas também comprometeu o fornecimento de água. 
De acordo com a concessionária de energia elétrica, Equatorial Pará, a chuva, aliada aos ventos fortes, gerou descargas atmosféricas que causaram a queda de energia nas localidades atingidas.
É a mesma justificativa de sempre.
O blecaute começou por volta das 22h, afetando várias regiões de Santarém e Belterra, incluindo a vila Balneária de Alter do Chão, um dos destinos turísticos mais procurados da cidade. 
A companhia, em nota, explicou que a interrupção no fornecimento de energia foi motivada pelos impactos das intempéries naturais, como raios e ventos fortes, comuns no período do inverno amazônico.
No início de janeiro 2025, com a chegada das chuvas intensas, as oscilações no fornecimento de energia voltaram a acontecer, e novamente a concessionária atribui os problemas às condições climáticas adversas, como o aumento das descargas atmosféricas e a instabilidade no sistema elétrico.
Moradores de diferentes bairros de Santarém e Belterra têm se mostrado insatisfeitos com a recorrência das quedas de energia, especialmente em épocas de chuvas mais intensas. 
A falta de explicações convincentes e a demora no restabelecimento do serviço geram frustração e insegurança, principalmente em locais onde a energia elétrica é essencial para o funcionamento de hospitais, comércios e para o conforto das famílias.
“É difícil confiar no fornecimento de energia. 
A cada chuva, vivemos essa situação. 
Não podemos mais deixar nossos eletrodomésticos ligados por medo de que a energia caia e danifique tudo”, desabafou nas redes sociais uma moradora de Alter do Chão.
Alter do Chão, um dos pontos turísticos mais visitados da região, também sente o impacto desses apagões, que afetam diretamente os turistas.
Em resposta ao incidente, a Equatorial Pará afirmou que está trabalhando para melhorar a infraestrutura do sistema elétrico, mas reiterou que, em períodos de chuvas intensas e ventos fortes, as tempestades podem causar danos temporários, como as quedas de energia.
Apesar das explicações da concessionária, a população continua aguardando medidas mais eficazes para prevenir e reduzir a frequência de apagões, além de um melhor planejamento para o atendimento em casos de interrupção no fornecimento de serviços essenciais.

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