Prefeito denunciado por supostas irregularidades e improbidade administrativa é afastado do cargo
"Além da quebra dos sigilos fiscal e bancário do prefeito, o MP requereu ao magistrado o bloqueio dos repasses das verbas dos fundos de educação e do ICMS".
A
poucos dias do fim do mandato, o prefeito de Marituba, Bertoldo Couto
(PPS), foi afastado do cargo pelo juiz da 1ª Vara do município Homero
Lamarão Neto, que também determinou
que a prefeitura municipal tem até o sábado, dia 15, para pagar os
salários dos servidores públicos do município do mês de novembro.
Couto foi denunciado pelo
Ministério Público em ação civil pública pelo atraso do pagamento dos
salários e outras supostas irregularidades cometidas na atual administração,
também denunciada por improbidade administrativa. Além disso, o juiz
determinou que a prefeitura envie a lista dos servidores exonerados,
transferidos ou removidos desde os três últimos meses antes da eleição
municipal e deu ainda o prazo de cinco dias para que o relatório sobre o
valor devido aos servidores municipais com salários em atraso.
O magistrado também decretou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do prefeito e determinou a comunicação à Receita Federal para que informe
as declarações de imposto de renda de Bertoldo Couto nos últimos quatro
anos e toda movimentação financeira realizada por ele durante o mandato
municipal à frente da prefeitura de Marituba.
No dia 10 de novembro, prazo final para
pagamento dos salários dos servidores de Marituba, grande parte dos
funcionários saiu às ruas do município e se dirigiu à frente da sede da
prefeitura em protesto contra o atraso dos salários. Além do pagamento
do mês, os servidores ainda não receberam a parte do décimo terceiro e
temem não conseguir receber até o final deste mês, quando encerra o
mandato do Bertoldo Couto.
Além da quebra dos sigilos fiscal e
bancário do prefeito, o MP requereu ao magistrado o bloqueio dos
repasses das verbas dos fundos de educação e do ICMS. Porém, o juiz
recebeu informações da própria prefeitura de que os repasses estão em
dia e, desta forma, não viu necessidade de bloquear.
O DIÁRIO DO PARÁ tentou contato com o
prefeito municipal, mas já à noite, através da assessoria de
comunicação, recebeu apenas informação do vice-prefeito Raimundo Mendes,
mais conhecido como Professor Poeta (PT), afirmando que o município
ainda não foi notificado da decisão judicial.
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