Após uma série de acusações feitas contra o superintendente da Igreja do Evangelho Quadrangular em Altamira, o reverendo José Dorivaldo Teixeira, vierem a público, a delegacia responsável por investigar o caso decidiu pedir a prisão preventiva do líder religioso, acusado por várias jovens de abuso sexual, crimes cometidos quando as vítimas ainda eram menores de 18 anos.
Segundo Karem Luz, uma das advogadas da Rede Protege Brasil, grupo que acompanha as vítimas, a prisão foi solicitada à justiça na manhã desta sexta-feira, 11, pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Altamira. Em um dos casos denunciados, a vítima, que hoje tem 20 anos, disse que foi abusada quando tinha 14 anos, sendo atacada pelo pastor dentro da igreja. Segundo a jovem, quando ela foi fazer uma visita ao templo, e como o líder religioso morava muito perto da igreja, ele estava sem camisa e teria esfregado sua genitália nela. A jovem fugiu e se afastou da igreja depois de relatar os abusos.
Outra vítima, hoje com 18 anos, relatou que era abusada desde os 9 anos sendo que, durante um retiro da igreja, o pastor se aproveitou de um momento em que eles entraram no rio para abusar da menina. Em outro episódio, e menina disse que o pastor sugeria fazer uma oração após os abusos. Segundo a advogada, quatro jovens denunciaram o reverendo José Dorivaldo pelos crimes.
O pedido de prisão do pastor aguarda o deferimento da Justiça. Em um documento atribuído ao Conselho Estadual de Diretores da Igreja do Evangelho Quadrangular, aparece uma decisão que afastou o pastor Dorivaldo Teixeira de suas funções ministeriais desde 08 de novembro, por tempo indeterminado. A reportagem entrou em contato com alguns líderes religiosos da IEQ em Belém para obter um posicionamento sobre o caso, mas não conseguiu uma resposta oficial. O espaço segue aberto.
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