quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Arroz com chumbinho: polícia apura se suspeito fingiu passar mal

Peritos encontraram terbufós na comida, substância altamente tóxica usada ilegalmente para matar ratos. Francisco de Assis Pereira da Costa está preso e nega crime.
Laudo confirma envenenamento em almoço de família no PI - Foto : Reprodução / TV Globo
O Instituto Médico Legal (IML) apontou que a comida estava contaminada com terbufós, um agrotóxico usado de forma ilegal como chumbinho, veneno de rato.
⚠️ Quando é ingerida por humanos, a substância ataca o sistema nervoso central e a comunicação entre músculos.
Causa tremores, convulsões, falta de ar e cólicas, pode deixar sequelas neurológicas e matar.
O principal suspeito é Francisco de Assis Pereira da Costa, que está preso. 
Ele é padrasto de Francisca Maria da Silva e de Manoel Leandro da Silva, que morreram. 
As outras três vítimas do arroz envenenado são filhos de Francisca Maria.
As investigações indicam que o baião foi servido primeiro no dia 31, na noite do réveillon.
No almoço do dia 1º, por ordem de Francisco, o prato foi requentado e servido novamente.
Segundo o delegado Abimael Silva, da Polícia Civil do Piauí, o suspeito deu pelo menos três versões diferentes sobre os acontecimentos.Francisco nega ter envenenado a família, mas admitiu à polícia que sentia desprezo pelos filhos de Francisca Maria.
Chamava-os de ‘primatas’, pessoas não higiênicas, pessoas com quem ele não queria conviver, mas suportava”, afirma o delegado.
O suspeito chegou a ser internado junto com os familiares após o almoço, mas saiu no mesmo dia.
A polícia acredita que ele fingiu ter passado mal.
Outras duas mortes
Francisco também é investigado pelas mortes dos irmãos Ulisses Gabriel e João Miguel Silva, filhos de Francisca Maria da Silva.
Os meninos morreram no ano passado, e exames indicaram a presença de terbufós no organismo deles, o mesmo veneno colocado no baião de dois.
A vizinha Lucélia Maria da Conceição Silva foi acusada de envenenar as crianças, ficou cinco meses presa, sofreu ameaças e teve a casa destruída por moradores da região.
Em janeiro, ela deixou a cadeia após um novo laudo afastar a possibilidade de que tenha sido a responsável pelo envenenamento.
Veja abaixo a cronologia do caso:








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