A área é alvo de depredação, o que preocupa especialistas
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Área na comunidade de campos de Pilar , Zona Rural de Alenquer (PA) - Créditos : Portal Alessandro do Alessandro Costa |
Um suposto sítio arqueológico foi encontrado por moradores da comunidade Campos de Pilar, na zona rural de Alenquer, no oeste do Pará.
O achado, que inclui urnas funerárias, crânios, ossos humanos, cerâmicas e ferramentas de pedra, tem atraído centenas de curiosos, que passaram a escavar a área de maneira desordenada.
Especialistas alertam para o risco de destruição do possível material histórico e a necessidade de uma intervenção urgente para a preservação do local.
Os primeiros vestígios do sítio arqueológico foram descobertos por moradores que escavavam o terreno para atividades diárias.
Ao encontrarem fragmentos de cerâmicas, machadinhas, pontas de lança feitas de pedra e restos ósseos humanos, a novidade rapidamente se espalhou, levando diversas pessoas a cavarem a área por conta própria.
“Um caos.
Uma tristeza o que estão fazendo.
As pessoas estão retirando os artefatos sem qualquer critério, comprometendo o contexto histórico e a possibilidade de estudos científicos detalhados”, lamentou o professor Tarcilo Moreira, que atua na região e acompanha o caso.
Professor Tarcilo Moreira/Imagem:Portal do Alessandro Costa
Segundo Moreira, artefatos semelhantes já foram encontrados na área anteriormente e estão guardados na escola local, porém, o volume e a diversidade dos objetos recentemente desenterrados sugerem que se trata de um sítio arqueológico de grande relevância, possivelmente ligado a povos indígenas que habitaram a região há centenas de anos.
Especialistas em arqueologia alertam que a escavação desordenada pode resultar na perda irreversível de informações históricas.
“Cada objeto encontrado tem um contexto, uma posição e uma relação com outros elementos.
Se forem removidos sem critério, perdemos dados fundamentais sobre os povos que viveram aqui”, explica um especialista.

Vaso cerâmico encontrado no local
A destruição de sítios arqueológicos é um crime previsto na legislação brasileira.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deve ser acionado para que medidas de proteção sejam implementadas.

O professor Tarcilo Moreira pede apoio das autoridades para evitar maiores danos.
“É preciso uma intervenção rápida para proteger esse material e garantir que ele possa ser estudado e valorizado da forma correta”, enfatizou.
Populares suspeitam, no entanto, que os restos humanos encontrados nessa comunidade podem ser de dois menores que desapareceram da comunidade, há vários anos, e nunca mais foram entrados.
Fonte : Oestadonet
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