domingo, 17 de janeiro de 2010

Já nas Bancas

Manchete do jornal Novo Estado

Atoleiros voltam à cena
Os atoleiros que todos os anos infernizam a vida de motoristas e passageiros que trafegam pela rodovia Transamazônica (BR-230) voltaram à cena tão logo caíram as primeiras chuvas na região. Os trabalhos de conservação da estrada feitos no verão não resistem a poucas horas de chuvas e os atoleiros já começam a surgir, prejudicando a vida de milhões de pessoas em torno da rodovia federal.
Na última semana do ano, a chuva caiu na região e a Transamazônica já deu sinais de que vai se transformar em um imenso atoleiro. No trecho entre Altamira e Medicilândia, vários carros ficaram atravessados no meio da estrada, sem poder seguir viagem. O trabalho de conservação consistiu em jogar uma fina camada de terra sobre o leito da rodovia, sem o empiçarramento necessário para que a estrada resista ao inverno.
Neste trecho, existem várias placas do governo federal apontando que a rodovia está em obras, mas na verdade não existem máquinas nem operários no trecho, o que revolta os moradores. “Isso aqui é uma enganação, o governo diz que está asfaltando, vem aqui no verão e joga uma terra depois vai embora e para a gente só fica o sofrimento”, reclama o morador Antonio Carlos Silva, de Medicilândia.
De Altamira e Itaituba, vários trechos estão críticos e começam a se transformar em atoleiros. O tempo de viagem nas cidades da região já começa a sofrer alteração. De Altamira a Uruará, por exemplo, a viagem que verão demorava cerca de quatro horas demora até oito horas em dias de chuvas. “O que vemos nesta estrada nos mais de 20 anos que trabalhamos na região é descaso e mentiras”, lamenta o caminhoneiro Fábio Andrade, de 60 anos.
Em um seminário realizado em Altamira em dezembro do ano passado, o diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), Luíz Antonio Pagot, disse que este ano, todos os trechos da rodovia estariam em obras de pavimentação. O deputado federal José Geraldo (PT), presente ao evento, disse que o seu próprio pai, que mora em Medicilândia, não acreditava na promessa do governo. “Mas eu acredito”, disse.

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