Trinta e seis trabalhadores foram encontrados em condições análogas
às de escravo, no ano passado, em dez operações realizadas no Pará. Em
2010, foram 36 operações, com 564 trabalhadores resgatados.
No ano de
2006, apesar da quantidade de operações ter sido menor (29), a
quantidade de pessoas resgatadas em território paraense chegou a 1.062.
Os dados estão disponíveis na página do Ministério do Trabalho e Emprego
na internet. A queda nos números de 2006 até 2015 se deve, entre outros
fatores, ao avanço no combate a esse tipo de crime no Estado, mas a
falta de investimentos e propostas polêmicas que tramitam no Congresso
podem prejudicar os bons resultados que vinham sendo conquistados.
Este ano, órgãos como o Ministério Público do Trabalho estão com sua
atuação prejudicada pela crise que o País vive. “O enfrentamento deve
continuar. Em épocas passadas, como o Estado era ausente, o fazendeiro
escravocrata instituía sua própria lei. Com a presença do Estado,
tivemos esses avanços. Esse ano ainda não saiu nenhum grupo móvel, sem
recursos. Nesse vácuo da atuação estatal é que as pessoas inescrupulosas
agem”, diz o procurador chefe da Procuradoria Geral do Trabalho da 8ª
Região, que abrange os estados do Pará e Amapá, Hideraldo Machado. A
crise orçamentária pode ser uma fragilidade que compromete o trabalho.
“Nós temos um grupo móvel regional envolvendo Ministério do Trabalho,
Ministério Público do Trabalho, Batalhão Ambiental e Polícia Rodoviária e
tivemos que abortar algumas operações por falta de recursos. Mas as
denúncias estão aí”, declarou.
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