sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Nova espécie de tartaruga de água doce é descoberta por pesquisador de Juruti, no oeste do Pará


Batizada com o nome Mesoclemmys jurutiensis, em homenagem a Juruti, cidade do biólogo Fábio Andrew Cunha, no oeste do Pará, a nova espécie de tartaruga de água doce da amazônia brasileira foi recentemente descrita na renomada revista internacional Chelonian Conservation and Biology.

Com o título “A New Species of Amazon Freshwater Toad-headed Turtle in the Genus Mesoclemmys (Testudines: Pleurodira: Chelidae) from Brazil” (tradução: “Uma nova espécie de tartaruga cabeça de sapo do gênero Mesoclemmys do Brasil”), a publicação destaca os estudos do biólogo Fábio Andrew G. Cunha, juntamente com pesquisadores da Universidade Federal do Pará/UFPA e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/INPA.

O trabalho de pesquisa realizado durante 3 anos envolveu análises das características morfológicas e análises genéticas do DNA dos animais capturados.

A espécie recém descoberta é de médio porte, completamente diferente das outras espécies de tartarugas da amazônia. Ela possui carapaça em tons de coloração vermelhas e o plastrão amarelo queimado. Ela vive em poças formadas por águas da chuva dentro da floresta tensa. Até onde se conhece, ela se alimenta de girinos (filhotes de sapos) e pequenos insetos aquáticos. Possui cabeça triangular, completamente preta e os grandes olhos próximo as narinas.

O processo de descoberta contou a participação efetiva dos ribeirinhos das comunidades onde a espécie habita, que ajudaram nas buscas e nas capturas dos animais.

Com essa descoberta o Brasil passa a ter 33 espécies de tartarugas descritas.

Escolha do nome


O primeiro nome Mesoclemmys é o gênero em que a tartaruga recém descoberta está inserida, de acordo com as regras internacionais de nomenclatura da zoologia (ciência que estuda os animais), já o segundo nome, chamado de epíteto específico, faz referência a alguma característica da espécie ou do lugar onde foi encontrada, nesse caso da Mesoclemmys jurutiensis.

O pesquisador Fábio Cunha escolheu Juruti, a pequena cidade às margens do rio Amazonas, onde a maior parte dos animais foram encontrados. Há também um registro na cidade de Aveiro, no oeste do Pará.

com informações G1 SANTARÉM

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe do Blog do Xarope e deixe seus comentários, críticas e sugestões.