César Mendes Rocha Filho está em liberdade temporária desde o último dia 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, quando foi beneficiado pela saída temporária
Com uma extensa ficha criminal, Maurício César Mendes Rocha Filho, conhecido como “Hétero Top”, será julgado novamente nesta quinta-feira (13), em Belém.
O processo tramita sob sigilo, e, por isso, detalhes sobre o caso não foram divulgados.
No entanto, a reportagem do Grupo Liberal apurou que o julgamento está relacionado ao caso de uma jovem que foi vítima de Maurício em 2018.
Na época, ela relatou à polícia que o acusado foi até sua casa e, ao entrar, os dois seguiram para o quarto, onde fizeram uso de entorpecentes.
Em seguida, Maurício utilizou a força para obrigá-la a fazer sexo oral, puxando sua cabeça e forçando a relação.
Após o ocorrido, a jovem deixou Belém por um período para tratar sua dependência química.
Quando retornou à cidade, encontrou Maurício novamente enquanto caminhava pela rua.
Ele dirigia um veículo, parou ao lado dela e ofereceu uma carona. Ainda abalada pelo que havia acontecido no passado, a vítima recusou.
Após esse encontro, o acusado passou a persegui-la nas redes sociais, enviando mensagens e fazendo ligações constantes.
Segundo a denúncia, a vítima descreve Maurício como uma pessoa invasiva, que insistia em tocá-la e usava de hostilidade para satisfazer seus desejos sexuais.
Acusado de diversos crimes, Maurício Filho responde a pelo menos 15 processos na Justiça do Pará e já foi condenado a um total de 26 anos e 9 meses de prisão.
Maurício está em liberdade temporária desde o último dia 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, quando foi beneficiado pela saída temporária concedida a presos do regime semiaberto.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Pará (Seap), ele deve retornar à unidade prisional nesta sexta-feira (14).
Histórico de crimes e condenações
O nome de Maurício Filho ganhou repercussão nacional após sua prisão em 6 de novembro de 2022, durante a operação “Exposed”, da Polícia Civil do Pará.
Ele foi detido sob suspeita de divulgar vídeos íntimos da influenciadora digital Luma Bonny.
Dois dias depois, a jovem cometeu suicídio ao se jogar de um prédio no centro de Belém.
A família da vítima o responsabiliza diretamente pelo ocorrido.
Além desse caso, Maurício também foi condenado por outro estupro de vulnerável ocorrido em agosto de 2021, no bairro do Jurunas, em Belém.
Segundo a denúncia, a vítima foi violentada com extrema brutalidade, sofrendo lesões graves que exigiram intervenção cirúrgica.
Em fevereiro deste ano, ele foi condenado a seis anos e seis meses de prisão por esse crime, sem direito a responder em liberdade.
A ficha criminal de Maurício inclui acusações como estupro, estupro de vulnerável, ameaça, violência doméstica e perseguição.
Ele também já foi condenado a pagar R$ 100 mil em indenização por danos morais a uma das vítimas e sua família.
Falsa identidade e ostentação nas redes
Além dos crimes pelos quais responde, Maurício Filho se apresentava falsamente como advogado.
Em suas redes sociais, ostentava uma vida de luxo e utilizava a imagem de uma balança — símbolo da advocacia — em sua biografia.
No entanto, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-PA) confirmou que ele nunca teve registro profissional.
A Redação Integrada de O Liberal tentou contato com a defesa de Maurício para esclarecimentos sobre o novo julgamento e as demais acusações, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Fonte : O Liberal
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