quarta-feira, 9 de julho de 2025

AS MÚSICAS ZÉ MATUTO PARA O FESTIVAL FOLCLÓRICO DE ALENQUER 2025

O Grupo folclórico Zé Matuto levará para a noite de 26 de julho um rico repertório musical, identificando os itens oficiais que se apresentarão na arena do Centro de Eventos de Alenquer (PA) e agitando a galera, que estará na arquibancada vibrando e celebrando com as cores vermelha e branca da agremiação.

Serão 10 músicas baseadas em narrativas que fazem parte do folclore e da realidade amazônidas e alenquerenses, repletas de poesias, linguagens regionais, de forma que faça o ouvinte mergulhar na proposta apresentada pela agremiação através do tema: “Alenquer, um povo de muitos povos”.
Autores jovens e veteranos
“Historicamente, a música ocupa um lugar de destaque na vida de todos.
No desenvolver da história do grupo folclórico Zé Matuto, os traços da identidade foram expressos por meio das canções que não deixam de entusiasmar a quem as escuta”, analisou João Imbiriba.
As músicas foram compostas por autores veteranos, que acompanham há muito tempo a história do festival, e por autores jovens, que estão mergulhados na construção da volta da disputa entre os dois grupos e de muitas histórias a serem escritas desse trajeto, sempre tendo como referência os eventos passados e seus memoráveis personagens.
“Os compositores, cuja formação na maioria das vezes é o amor pelo grupo mais querido de Alenquer, retratam nas suas letras o seu povo, a sua trajetória, a sua luta, a sua arte!”, complementou Imbiriba.
Joao Imbiriba. Foto: reprodução
Imortal da academia
João Imbiriba, que é compositor, instrumentista e professor natural de Alenquer, além de imortal de Academia Alenquerense de Letras, da qual é membro fundador, preparou uma interessante análise de algumas composições do grupo Zé Matuto.
Música e identidade ximanga, por João Imbiriba
Como não concordar com o compositor Andrei Muller ao afirmar “Sou Zé Matuto, sou Zé! Sou filho de Alenquer! Sou a cultura popular”, remetendo-nos ao sentimento de pertencimento e orgulho. Essa emoção é bem evidenciada pelo compositor Marcos Araújo, ao nos apresentar em seus versos “Zé Matuto é arte nesse combate, veio pra brincar, vamos delirar. 
A torcida é linda, canta, pula, arrepia, veio pra dançar”, mexendo com a galera mais animada e entusiasmada do festival, que como já enfatiza o compositor Walmir Viana, “A galera encarnada é o vermelho do Zé!”.
Também não podemos esquecer que, além do dono da festa, que é o nosso querido personagem Zé Matuto, ainda podemos contar com o protagonismo, a força, a garra, a delicadeza e a beleza feminina, muito bem representadas nas composições de Marcos Araújo, em que a princesa ximanga se impõe: “Sou Mulher da Amazônia, danço arrasta pé, o meu sangue é de raça, tenho força e fé. 
Eu não fujo da luta, vim aqui para dançar. (…) Festival minha vida, festival meu amor, sou Princesa Ximanga, Zé Matuto eu sou!”.
Além disso, essa força do sexo nada frágil é expressa pelo compositor Anthymio Wanzeller, quando afirma: “Porta-estandarte você mulher faceira, sua beleza ilumina o arrasta-pé. 
Do Zé Matuto, você inspiração, brilho de muitos povos que virou uma nação”.
Ou mesmo podemos reafirmar que essa presença não é nada frágil, como nos mostra Marcos Luiz, ao propor que a figura da mulher é uma “Joia vermelha, pedra rara! Porta-bandeira que arrasa! És um furacão, no meu coração! Fogo da paixão! (…) Sua presença é um turbilhão!”.Culminando com a canção de Igor Picanço que propõe que a rainha: “Tem a beleza da terra ximanga, tem a magia de toda mulher. Traz no sorriso sua força, sua garra, sua beleza, sua graça, o amor por Alenquer!”.
“Nossos compositores nos inspiram a expressar nosso amor pelo folclore ximango, levando-nos a refletir sobre a formação do nosso povo e a importância que cada um tem nessa magnífica história! Viva ao Zé Matuto! Viva ao folclore de Alenquer!”, concluiu João Imbiriba.
Anthymio Wanzeller. Foto: reprodução

Fonte:

  • Entrevista com João Imbiriba, integrante do Zé Matuto

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