quinta-feira, 10 de julho de 2025

EMPRESÁRIO É INDICIADO PELA POLÍCIA CIVIL COMO SUSPEITO DE HOMICÍDIO QUALIFICADO PELA MORTE DE ' JORGINHO ' , EM SANTARÉM

Inquérito policial está sob análise do Ministério Público que, ainda, pode requerer à justiça sua prorrogação para novas diligências
Luiz Ivanir Lima Chaves - Créditos : Redes Sociais / Reprodução 

O Empresário Luiz Ivair Lima Chaves foi formalmente indiciado pelo crime de homicídio qualificado pela morte de Erlisson Jorge Santos Marques, conhecido como "Jorginho", dependente de drogas e morador de rua, que tinha várias passagens pela polícia. 
O crime ocorreu na madrugada do dia 11 de fevereiro de 2025, em um estabelecimento comercial localizado na avenida Mendonça Furtado, próximo à travessa Silvino Pinto, no bairro Santa Clara, em Santarém, oeste do Pará.
O inquérito conduzido pela Delegacia de Homicídios de Santarém, ao qual o Portal OESTADONET teve acesso, foi remetido pela 3a. Vara Criminal da Comarca de Santaém no dia 4 de junho para análise do Ministério Público do Estado.
De acordo com as investigações, Luiz Ivair é suspeito de ter executado a vítima com um tiro na cabeça, dentro do imóvel, de forma premeditada e sem possibilidade de defesa.
Segundo consta no inquérito, inicialmente, Luiz Ivair alegou que flagrou 'Jorginho' arrombando o imóvel e que teria agido em legítima defesa. 
Segundo seu filho, Thiago Lima Chaves, que também prestou depoimento, Jorginho teria invadido o local por volta das 2h da madrugada, armado com uma faca, e avançado contra o empresário, que então reagiu e efetuou o disparo fatal.
O empresário afirmou ainda que, após o disparo, teria se desfeito da arma, jogando-a sobre o muro de uma quitinete vizinha, local onde, posteriormente, a arma não foi encontrada pelos investigadores.
As investigações, no entanto, segundo a delegada que presidiu o inquérito, revelaram inconsistências nas declarações de pai e filho. 
A perícia técnica realizada pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves constatou que as manchas de sangue no local não eram compatíveis com a versão de confronto corporal. 
O laudo pericial apontou que a vítima estava deitada, em posição de repouso, no momento em que foi atingida.
O disparo supostamente teria sido feito de uma posição superior à cabeça da vítima, com a arma inclinada, o que contraria a narrativa de legítima defesa diante de um ataque com faca. 
Ainda segundo a perícia, não havia marcas de sangue nas paredes, o que seria esperado em caso de confronto ou movimentação brusca durante a suposta invasão.
Câmeras de segurança mostram 'Jorginho' chegando ao local com uma arma branca em mãos, mas as imagens não registram o momento do disparo ou uma possível luta corporal.
Diante dos elementos coletados, incluindo a confissão do disparo por parte do empresário, a inconsistência das versões apresentadas, e os laudos periciais que demonstrariam supostamente uma execução, a polícia concluiu que Luiz Ivair Lima Chaves é suspeito de cometer homicídio doloso qualificado, ou seja, com intenção de matar, de forma fria e premeditada.
A prática se enquadra como crime hediondo, previsto no artigo 121 do Código Penal, sujeito a pena de 12 a 30 anos de reclusão. 
A polícia pediu a decretação de medidas cautelares diversas da prisão, podendo evoluir para prisão preventiva, em caso de descumprimento. Não há despacho judicial a respeito dessas medidas requeridas pela polícia.
O espaço segue aberto para manifestação da defesa de Luiz Ivair Lima Chaves. 
Se houver manifestação, o texto será incorporado a essa matéria.
Fonte : 

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