terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Reunião do grupo de trabalho do Ministério Público discute danos ambientais na bacia do Tapajós


Em plataforma virtual o Grupo de Trabalho da Bacia do Tapajós do Ministério Público do Pará (MPPA) reuniu na segunda-feira (24), para tratar dos danos ambientais na Bacia do Tapajós, com destaque para a mudança na coloração das águas do rio, de azul para barrenta. O GT é composto por promotores de Justiça da região oeste do estado e pela equipe do Centro de Apoio Operacional do Ambiental (CAO Ambiental).

De acordo com o MPPA, a reunião foi preparatória para o encontro que será realizado no próximo dia 1º de fevereiro, na sede da Promotoria de Justiça de Santarém, com a presença de outras instituições, para traçar as estratégias no enfrentamento ao problema.

Na abertura da reunião a promotora de Justiça Albely Miranda Lobato, coordenadora do CAO Ambiental, destacou a complexidade dos danos relacionados ao rio e a necessidade de atuação urgente, articulada e regionalizada dos órgãos de execução com atribuição ambiental.

Os promotores de Justiça de Santarém Lilian Braga e Tulio Novaes, relataram as ocorrências que envolvem os danos ambientais na bacia do Tapajós, que afetam não somente a aparência da água, como também a saúde e segurança das populações que vivem nas comunidades e cidades na região, incluindo os rios afluentes, cujos impactos da atividade da garimpagem já são conhecidos, como a contaminação por mercúrio.

A promotora Lilian Braga informou que, no âmbito de procedimento instaurado na 13ª Promotoria de Justiça Ambiental de Santarém, já solicitou ao ICMBio, Secretarias de Meio Ambiente do Estado e do Município, Marinha, Ibama e Polícia Federal, esclarecimentos acerca da mudança de coloração do rio.

A técnica do CAO Ambiental, bióloga Soraia Marriba Soares Knez, esclareceu que se trata de um dano cumulativo e sinérgico, cujos sedimentos mudaram a coloração da água, e sugeriu o apoio técnico do engenheiro químico Orlando Sena do Rosário para compor o grupo técnico, em razão da contaminação do rio pela garimpagem irregular.

Também participaram da reunião os promotores de Justiça Maria José Vieira de Carvalho Cunha, Alessandra Rebelo Clós, Ítalo Costa Dias, Diego Belchior Ferreira Santana, e Herena Neves Maués Correa de Melo, e o técnico do GATI, geólogo Wilson de Oliveira.

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com informações G1 SANTARÉM

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