Essa é a primeira aparição pública da opositora em cinco meses. María Corina é alvo de perseguições pelo governo Maduro e teme pela própria vida.
Maria Corina Machado faz aparição pública pela primeira vez em 5 vezes em manifestação contra maduro - Foto : Reprodução / Redes Sociais |
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, deixou seu esconderijo pela primeira vez em cinco meses para participar de uma manifestação contra o presidente Nicolás Maduro, na região de Caracas.
Os partidos de oposição da Venezuela e seus apoiadores realizam protestos em todo o país, nesta quinta-feira, em um esforço para pressionar o presidente Nicolás Maduro.
Os atos acontecem um dia antes da posse presidencial.
"Hoje estivemos em todas as ruas da Venezuela e do mundo.
Estou aqui, com você, e até o fim", publicou María Corina em uma rede social.
Vídeos mostram a opositora em cima de um palco acenando para manifestantes com uma bandeira da Venezuela.
Ela também fez um discurso.
Em entrevista ao g1 em novembro, a líder da oposição afirmou que está escondida na Venezuela e que sofre perseguições, assim como outras pessoas que são contrárias ao regime de Maduro.
María Corina é acusada de uma série de crimes pelo Ministério Público da Venezuela.
Em agosto, em um artigo no "The Wall Street Journal", ela afirmou que estava escondida por temer pela própria vida.
A opositora foi impedida de disputar as eleições de 2024, mas fez campanha para Edmundo González.
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Resultado das eleições
Tanto a oposição quanto os chavistas reivindicam vitória nas eleições ocorridas em 28 de julho.
A autoridade eleitoral e o tribunal superior do país, ambos controlados por apoiadores de Maduro, afirmam que Maduro venceu o pleito de julho, embora nunca tenham publicado os resultados detalhados.
Já a oposição diz que Edmundo González, de 75 anos, venceu a eleição com uma vitória esmagadora.
O partido publicou as contagens de votos como evidência, ganhando o apoio de governos de todo o mundo, inclusive dos Estados Unidos, que consideram o opositor como o presidente eleito.
González, que está em visita à República Dominicana nesta quinta, prometeu que estará em Caracas para tomar posse no dia 10.
Ele deixou a Venezuela em setembro e se asilou na Espanha.
O governo Maduro, que tem acusado a oposição de fomentar conspirações fascistas contra ele, disse que prenderá González caso ele retorne ao país.
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