O delegado Caio Lobo, plantonista da Seccional de Polícia de Itaituba,
preside o inquérito que apura as circunstancias em que aconteceu o
assassinato de João Soares da Costa, de 61 anos de idade, morador do
residencial Vale do Piracanã, abatido com um único tiro na cabeça.
Segundo detalhes repassados por vizinhos da vítima, pouco depois da
meia-noite de domingo para segunda-feira (15), “Joca” estava encerrando
as atividades no seu estabelecimento comercial, quando dois homens
chegaram a pé e invadiram a casa. “Eles estavam, um com um revólver, o
outro com um facão. Entraram e renderam o ‘Joca’ lá pro quarto. Disse a
dona Rosilene, esposa dele, que os homens deram muita pressão nele, mas
ele (‘Joca’) só dizia ‘calma, parceiro, eu vou dar o dinheiro pra
vocês’. Mas aí, um dos ‘caras’ disparou um tiro na cabeça dele”, disse o
vizinho, que preferiu não ser identificado.
Para a polícia, ainda é um grande desafio desvendar o assassinato de
“Joca dos Correios”. Quem tomou conhecimento do fato, custa a acreditar.
Uma outra vizinha diz que costuma dormir cedo, mas, exatamente na noite
de domingo, ficou acordada até um pouco mais tarde. De repente, ela
ouviu um disparo. “Eu ‘tava’ aqui, dentro de casa, quando ouvi o
disparo. Eu saí e já vi um grande movimento e os dois homens saindo em
direção à caixa d´água”, disse a vizinha, que também não revelou o nome.
Este outro vizinho diz que acordou com a grande movimentação de pessoas
em frente à residência da vítima, onde funciona um bar. Ele relata o que
ouviu as vozes e foi verificar o que ocorria, sendo informado de que
“Joca” havia acabado de dar por encerrado o movimento no bar e já se
preparava para dormir com a família, quando dois homens encapuzados
invadiram a casa.
Um único disparo na cabeça pôs fim à vida de um pai de família que era
querido na região pela sua simplicidade, irreverência e simpatia. Joca
dos Correios veio de uma família humilde e tradicional. Joca também era
muito envolvido com a música e com a cultura, tanto que fez da dança de
xote com a saudosa Baruquita. Ele também foi carnavalesco e jurado nos
desfiles de rua. E, na festa junina, foi homenageado pela quadrilha
Baila Brasil como grande incentivador da cultura popular no município.
Fonte: Tapajós em Foco
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